Dezenas de pessoas estão espalhadas pelos corredores.
Supervisor plantonista diz que 'lotação é algo normal dentro do hospital'.
Com superlotação, pacientes estão espalhados em macas pelos corredores do HGE (Foto: Arquivo Pessoal)
O Hospital Geral do Estado (HGE), localizado no bairro do trapiche, em
Maceió, voltou a registrar superlotação com macas espalhadas pelos
corredores e pacientes pelos chão. A denúncia foi feita neste sábado
(1º) por parentes de pacientes internados em uma das alas do principal
hospital de emergência de Alagoas.Ao fazer contato com gestores do HGE, o supervisor plantonista, sem se identificar, disse que a superlotação é algo comum no Hospital Geral, que atende uma média de 500 pessoas por dia. “Superlotação é normal aqui no HGE. Já estamos trabalhando para transferir algumas pessoas para outras unidades de saúde para tentar amenizar o problema”, falou.
“As pessoas estão deitadas em macas e no chão porque não tem leito suficiente para todo mundo. A situação está tão complicada que alguns locais do hospital estão fedendo. Entre os pacientes há uma senhora de 80 anos que está desde manhã sem se alimentar aguardando para fazer uma cirurgia”, relatou a mulher ao enfatizar que está indignada com a falta de respeito aos pacientes e familiares que necessitam do serviço público de saúde.
Imagem feita por acompanhante de paciente mostra mulher deitada embaixo de maca (Foto: Arquivo Pessoal)
HGEPor telefone a diretora do HGE, Verônica Ômena, confirmou à reportagem do G1 a superlotação, mas negou a presença de pacientes pelo chão da unidade de saúde. "Em contato com os plantonistas foi confirmado a superlotação com o excedente de apenas 15 pacientes distribuídos em macas. No entanto, todos foram atendidos e medicados. Quanto há pacientes no chão não há nenhum registro. A pessoa que aparece nas fotos provavelmente é algum acompanhante que deitou embaixo da maca para descansar. Algo que ocorre com uma certa frequência", disse a gestora ao enfatizar que a situação deve se normalizar até a segunda-feira (3).
"Diariamente cerca de 500 pessoas são atendidas por dia no HGE durante a semana. Nos finais de semana esse número aumenta podendo chegar a até 650 pacientes por dia; com o agravante de que em muitos casos o paciente recebe alta, mas a família não vem buscar", expõe Verônica ao acrescentar que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) está apurando o que pode ter contribuído com a superlotação deste fim de semana, já que há alguns meses não havia registro de problema no HGE.
"Há suspeita de que alguma unidade no interior pode não ter funcionado neste fim de semana. Aumentando a demanda do HGE, que acaba recebendo casos de diversas complexidades", completou.
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