MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 1 de novembro de 2014

Análise sensorial do vinho


 
 
Muitos têm me perguntado como e quais são as fases de um vinho, por isso, hoje falaremos sobre como fazer uma análise sensorial de um vinho.
Quando temos um vinho em uma taça o primeiro que devemos saber é de que tipo de vinho é esse. Vinho Tranquilo, Espumoso ou Fortificado/Oloroso juntamente com Branco, Tinto ou Rosé.
Feita essa classificação, vamos definir a intensidade da cor. Intenso, pouco intenso, meio intenso ou muito intenso. Para saberemos isso, basta inclinar um pouco a taça 75º e posicionar o dedo indicador e médio por baixo da taça. Veremos com que facilidade nossos dedos transparecerão. Se transparecerem muito, a cor é pouco intensa e assim sucessivamente.
Logo faremos a primeira impressão olfativa, levando a taça ao nariz sem girá-la. Aqui teremos as notas que esse vinho nos oferece com a taça parada. Impressão esta muito importante na degustação.
Após esse passo, continuaremos a avaliar o vinho na fase visual. Desta vez, giraremos a taça para identificar a formação de lágrimas nas paredes e determinaremos se o vinho é alcoólico, ligeiro ou untuoso. Tam­bém identificaremos a acidez do vinho na fase visual. Para isso, devemos focar no brilho do vinho: quanto mais brilho, maior é a acidez. Definiremos também a cor do vinho segundo a escala de cores:
Ainda na fase visual, podemos identificar se o vinho em questão está evoluído ou não, “jovem ou de guarda, ademais de determinar o tempo de guarda”. Claro que para identificar tudo com maior precisão é necessário muita prática, pois cada detalhe faz toda a diferença.
No caso de vinhos espumosos, verificaremos, além das características citadas, a perlage (borbulha) e também a formação da coroa (espuma) e sua persistência.
Finalizada a fase visual, passaremos para a fase olfativa. Nessa, identificaremos, sobretudo, as frutas, a evolução do vinho e a madeira, quando houver. Temos três famílias de aromas a serem notados: Aromas Primários, Aromas Secundários e Aromas Terciários.

Aromas
Os aromas primários são procedentes da uva, um exemplo muito clássico é a Chardonnay que predomina os aromas de frutas tropicais (Aromas Primários).Os Secundários procedem da fermentação alcoólica e malo-lática. Nessa poderemos identificar as notas de leveduras, notas químicas, cremosas, etc.
Nos Aromas Terciários identificaremos notas de madeira, frutos secos, caramelo, baunilha, coco, etc. Essas provêm do passo por barricas, técnica com chips ou até mesmo da evolução do vinho, ainda que oxidado. Para identificarmos os aromas dos vinhos temos uma roda de aromas que ajuda nesse processo:
Para concluir a nossa análise sensorial, temos a fase gustativa.O nosso paladar aqui ganha total protagonismo e o que devemos saber, sobretudo, é que identificamos em nossa língua somente sabores: doce na ponta da língua, salgado nas laterais dianteiras da língua, ácido/azedo nas laterais finais da língua, umami no centro da língua e amargo no final da língua. Veja:
Os demais sabores identificados na fase gustativa são notados pela nossa via retronasal, por isso é importante manter o vinho na boca por um pequeno período de tempo para identificar todos os sabores. Um vinho deve dar na boca as mesmas notas que encontramos no nariz, afinal, é o nariz o principal responsável por classificar quase todos os gostos de um vinho.
Cabe lembrar que na boca também encontramos os taninos, aquela sensação de “apertar” ou “fechar” a boca, a mesma que sentimos quando comemos uma banana verde. No caso de um vinho tinto, o ideal é ter os taninos presentes, porém, maduros ou macios.
Na boca também encontramos a sensação térmica. Quanto mais cálido o vinho passa em nossa boca, mais alcoólico ele é. Se o vinho é ácido, notaremos como no ponto da nossa língua responsável por identificá-lo, haverá mais salivação do que o normal.
No final da língua também identificaremos por quanto o vinho se fará presente e assim determinaremos se esse é curto*, meio curto*, meio*, meio largo*, largo* ou muito largo* (*persistente).
Ainda na boca, determinaremos, no caso de vinhos espumosos, a sua efervescência e a sua qualidade de efervescência. Quanto mais agressivo for esse gás, menor a qualidade na hora de avaliar. O ideal, nesse caso, é que o espumoso em questão nos encha a boca sem exageros, tenha frescor e cremosidade e sobretudo, elegância.
Contudo, o mais importante é degustar. Participe de degustações e consulte o seu sommelier de confiança. Confrarias sempre são ótimos lugares para praticar uma degustação de vinhos e aprender a apreciar e avaliar um vinho. Para isso, contem comigo!
Temos confrarias sempre, mande-me um e-mail ou WhatsApp e obtenha mais informações.
Ótimo final de semana e muito sabor e vinhos a todos!

Wanderson Brasil, Eno-Sommelier
@wandersonbrasil
WhatsApp (62) 8193-9608
Apoio:
La Bona Paella Restaurante Espanhol
Rua 30, nº 177– Setor Marista (próximo ao colégio Pequeno Princípe)
Reservas: (62) 3548-1271 ou reservas@labonapaella.com.br
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