MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 4 de outubro de 2014

Aécio diz que Dilma não se preparou para enfrentá-lo no segundo turno


Tucano disse que seu governo não será de 'pacotes e planos mirabolantes'.
Presidenciável cumpre agenda na região metropolitana de Belo Horizonte.

Thais Pimentel Do G1 MG
No último dia de campanha, Aécio Neves faz corpo a corpo com eleitores de Belo Horizonte (Foto: Thais Pimentel / G1)Aécio Neves fez carreata em municípios da Grande Belo Horizonte neste sábado (Foto: Thais Pimentel / G1)
No último dia de campanha antes do primeiro turno das eleições, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou neste sábado (4) que a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, não se preparou para enfrentá-lo em um eventual segundo turno. O presidenciável tucano aproveitou o encerramento da campanha presidencial para fazer uma carreata na Grande BH ao lado do candidato tucano ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, e do postulante do PSDB ao Senado, Antonio Anastasia.
Neste sábado, Dilma também fez campanha em Belo Horizonte ao lado de seu candidato ao governo mineiro, Fernando Pimentel. Para Aécio, a petista "provavelmente está assustada" com a possibilidade de enfrentá-lo e, por isso, decidiu ir a Minas Gerais às vésperas das eleições ao invés de participar de um evento em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Provavelmente está assustada. Acho que ela [Dilma] não se preparou para nos enfrentar. Vamos para o segundo turno e ganhar a eleição. Ela está percebendo onde será a disputa e a disputa será conosco”, afirmou o senador.
Aécio também disse que, se for eleito, a política econômica de seu governo tentará resgatar a credibilidade do país com o mercado priorizando a previsibilidade, em vez de "pacotes" ou "planos mirabolantes".
 
"Quero sinalizar que nós teremos uma política fiscal absolutamente transparente. O meu governo não será o governo dos pacotes, dos planos mirabolantes. Será o governo da previsibilidade, porque isso será absolutamente essencial para que o mercado e os investidores possam voltar a ser parceiros do desenvolvimento nacional”, disse Aécio durante coletiva de imprensa no município de Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte.
Em meio à conversa com jornalistas, Aécio destacou que o próprio fato de ter antecipado quem comandará o Ministério da Fazenda na hipótese de ele vencer a disputa presidencial já demonstra transparência com o mercado.
O tucano anunciou em agosto que o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga será o comandante da economia, caso ele seja eleito. Um dos principais sócios da Gávea Investimentos, Fraga coordenou a elaboração das propostas econômicas do plano de governo de Aécio Neves.
“Do ponto de vista da economia, quando eu antecipo inclusive o nome de quem será o ministro da Fazenda se eu vencer as eleições, é até uma certa ousadia. Não é tradição no Brasil isso. Quero sinalizar que nós teremos uma política fiscal absolutamente transparente", enfatizou o candidato do PSDB.
Aécio Neves argumentou que, na visão dele, sua eventual vitória nas urnas poderá gerar um impacto imediato no quadro econômico, marcado nas últimas semanas pela queda da Bovespa e pela alta do dólar. Segundo o tucano, o eventual êxito de sua candidatura terá efeito inverso ao que ocorreu em 2002, logo após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência, quando o dólar disparou e chegou ao patamar de R$ 4 devido à apreensão do mercado com o ex-presidente.

Inflação
Nesta sexta (3), Armínio Fraga divulgou no Facebook o capítulo do programa de governo do PSDB correspondente à área econômica. O texto propõe uma política fiscal “transparente”, sem a adoção de “artifícios contábeis”, utilizados pelo atual governo, e geração, em até dois anos, de um superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) que represente um “esforço suficiente” para reduzir as dívidas líquida e bruta do país.
O programa tucano prevê atingir a meta central de inflação, de 4,5%, até 2018 – fim do próximo mandato. Pelo sistema atual, a inflação pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja descumprida, tendo por base uma meta central de 4,5%. Se a banda for menor, com a meta central sendo mantida em 4,5%, o teto que vigora atualmente, de 6,5%, também será mais baixo nos próximos anos.
Na visita deste sábado a Santa Luzia, Aécio Neves reiterou que pretende, até o fim de seu eventual mandato, reduzir a inflação na direção da meta de 4,5% e reduzir a taxa de juros.
Correios
Três dias após acusar os Correios de não entregar cartas de sua campanha em Minas Gerais, Aécio Neves voltou a cobrar neste sábado uma posição da Justiça sobre as suspeitas de que a empresa pública teria sido usada para beneficiar a candidatura de sua rival do PT, Dilma Rousseff. O tucano alegou que a postura dos Correios favorece uma candidatura em prejuízo das demais.
O candidato do PSDB acionou a Justiça Eleitoral contra o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, devido a denúncias de que eleitores de Minas teriam ficado sem receber correspondências de sua campanha.
"A meu ver é um crime que está sendo cometido. É um crime eleitoral. [...] Nós estamos fazendo o possível, denunciando, entrando com ações tanto na Justiça Eleitoral quanto no TRE [Tribunal Regional Eleitoral], para que as providências sejam tomadas", destacou o tucano.
No último dia de campanha, Aécio Neves faz corpo a corpo com eleitores de Belo Horizonte (Foto: Thais Pimentel / G1)Aécio fez corpo a corpo com eleitores na Grande
de Belo Horizonte (Foto: Thais Pimentel / G1)
Carreata e corpo a corpo
Os candidatos do PSDB percorreram quatro municípios da região metropolitana de Belo Horizonte neste sábado. Além de Santa Luzia, a comitiva passou por Ribeirão das Neves, Contagem e Betim. Aécio, Pimenta da Veiga e Anastasia desfilaram em carro aberto, acompanhados por correligionarios uniformizados e com bandeiras, acenando e cumprimentando eleitores.
Em meio ao ato de campanha em Santa Luzia, Aécio passou por um momento tenso, quando a comitiva se deu conta de que havia um bandeiraço em apoio a Dilma Rousseff na mesma avenida. Apesar dos gritos de ordem vindos dos dois lados, não houve confusão.
Ao descer da caçamba da camionete, o presidenciável tucano se dirigiu a uma loja de roupas e cumprimentou as vendedoras. Ele chegou a ser puxado pela camisa por um eleitor que acompanhava o evento, mas apenas sorriu. Aecio ainda carregou um bebê no colo antes de seguir para Ribeirão das Neves, onde comeu um bolinho de feijão com refrigerante em um bar local.

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