Buscando jogar uma luz sobre o assunto, o Implicante traz um breve comparativo do trabalho de Dilma e Aécio Neves quando à frente dos governos brasileiro e mineiro respectivamente.
O próprio governo vem incentivando a
comparação do trabalho realizado pelos candidatos como melhor método
para se definir o voto para presidente em outubro próximo. O problema é
que, alimentando uma disputa entre PT e PSDB, o discurso governista
finda confrontando personagens que pouca ou nenhuma relação tiveram com
os números selecionados. Buscando jogar uma luz sobre o assunto, o
Implicante fará nas próximas linhas um comparativo do trabalho de Dilma e
Aécio Neves quando ocupantes de cargos executivos. Marina Silva, o
terceiro grande nome da disputa, não será considerada pois até o momento
só possui experiência junto ao legislativo.
Aprovação
Dilma Rousseff é presidente do Brasil
desde primeiro de janeiro de 2011. Quanto a Aécio, governou Minas Gerais
de primeiro de janeiro de 2003 a 31 de março de 2010, quando deixou o
cargo para disputar (e conquistar) uma vaga no senado pelo mesmo estado.
A aprovação do trabalho de ambos é o dado de diferença mais gritante.
Enquanto Dilma se aproxima do fim do seu primeiro mandato com 38%, Aécio Neves finalizou o trabalho com espantosos 92% de aprovação.
Segurança
Segundo o Mapa da Violência de 2012, o
estado de Minas Gerais teve em 2003, quando Aécio chegou ao poder, um
total de 3.822 homicídios. Em 2010, ao final do mandato, este número caiu para 3.538,
com uma redução de 7,5%, ou basicamente de um porcento ao ano. Os dados
de 2013 ainda não constam no estudo, mas já se sabe que os dois
primeiros anos de mandato de Dilma enfrentaram um crescimento de 7,9% no número de assassinatos, batendo o recorde histórico do levantamento que vem sendo feito desde 1980.
Saúde
É difícil encontrar dados que cruzem
dentro de um mesmo método números da gestão de Dilma e Aécio. A última
pesquisa do IBGE sobre o tema data de 2009,
quando a petista ainda não era presidente, nem o tucano havia concluído
seu mandato. Mas, na ocasião, um número chamava a atenção. Enquanto o
governo mineiro mantinha quase 10% dos leitos existentes no estado, a
administração de Lula respondia por apenas 3,5% dos leitos do Brasil. E a
situação não melhorou. Desde 2010, já são menos 13 mil leitos, segundo levantamento do CFM.
IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano é uma
medida usada pela ONU para buscar entender o nível de evolução dos
países, bem como de suas esferas administrativas. Quando Aécio assumiu o
governo mineiro, o IDH conhecido do estado era ainda de 0,624 obtido
pelo censo de 2000. Ao entregar o cargo em 2010, este valor havia
chegado a 0,731, o que representava um crescimento de 1,7% ao ano. Dilma
recebeu o Brasil com um IDH medido em 0,718 e, três anos depois, este
número chegou a 0,742, o que representa um aumento de 1,1% ao ano.
PIB per capita
Quando Aécio Neves assumiu o governo mineiro em 2003, o PIB per capita do estado estava em R$ 7.936,72.
Ao finalizar seus trabalhos em 2010, este valor chegou a R$ 17.931,89,
ou um aumento anual de R$ 1.427,88. Atualmente, o PIB per capita
brasileiro está em R$ 24.065, mas era de R$ 21.535,65 quando a presidente assumiu o cargo em 2011. Isso representa um crescimento de R$ 843,11 por ano de mandato.
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