No dia seguinte à pesquisa Ibope que apontou Marina Silva (PSB) com
29% das intenções de voto na corrida pelo Planalto, o tucano Aécio Neves
endureceu o tom contra a ex-senadora. “O Brasil não é um país para
amadores”, afirmou nesta quarta-feira, em referência à adversária. Em
evento que marcou o lançamento de uma plataforma para jovens voluntários
no comitê estadual do PSDB, Aécio procurou salientar a inexperiência de
Marina e classificou as propostas tucanas como “mais consistentes”. "O
Brasil pagou muito caro pela inexperiência daqueles que hoje estão no
poder. E eu acredito que não vai querer correr novos riscos. Nós somos a
mudança segura, responsável e com os melhores quadros", disse o tucano,
alvo da artilharia da candidata do PSB no primeiro debate entre presidenciáveis na TV. "O Brasil não é um país para amadores", completou.
O tucano ainda afirmou que a proposta do partido "não é improvisada, é
consistente", em contraponto aos planos apresentados pela candidata do
PSB. Acompanhado pelo candidato a vice, o senador Aloysio Nunes
Ferreira, Aécio cobrou empenho dos voluntários. Já Aloysio reforçou que a
corrida eleitoral é "extremamente competitiva" e com "três candidatos
que poderão e deverão dividir a atenção do eleitorado" na reta final. O
vice de Aécio afirmou ainda que a presidente-candidata Dilma Rousseff
vive em um "universo paralelo, acha que está tudo muito bem".
Contra Marina, Aloysio disparou: "Temos uma pessoa que não sabemos se
é governo ou se é oposição. Alguém que se apresenta como quem foi
ungida pela providência para, de repente, instituir a nova política",
afirmou Aloysio. "Mas, não há nova política contraposta à velha
política. O que há é a boa política contraposta à má política. E a boa
política é a política de propostas", completou o vice de Aécio. O
presidenciável, no entanto, minimizou o impacto da pesquisa eleitoral
desta terça – em que aparece com 19% doas intenções de voto, fora de um
eventual segundo turno – e afirmou que "pesquisas importantes são
aquelas que serão feitas no dia da eleição".
Avião – Questionado pelo site de VEJA se pretende cobrar de Marina explicações sobre o uso do jato
que até agora não consta das prestações de conta da campanha
socialista, Aécio afirmou: "Essa é uma questão que não cabe a mim fazer.
Espero que o partido saiba dar as informações". Segundo o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), a aeronave que caiu no último dia 13, matando o
então candidato Eduardo Campos, não poderia ser utilizada na campanha
por estar em nome da AF Andrade, de usineiros de Ribeirão Preto (SP).
A
legislação só permitiria que o jato fosse usado na campanha como doação
se a AF Andrade atuasse no ramo de táxis aéreo. Além de Campos, Marina
também utilizou o avião em atividades de campanha. O caso está sendo
investigado pela Polícia Federal.
BLOG DO CORONEL
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