Agentes prometem parar na Copa do Mundo se não forem ouvidos.
Eles pedem reforma na segurança pública e contestam sistemas falidos.
Policiais federais fazem marcha na Zona Sul do Rio contra corrupção (Foto: Matheus Rodrigues / G1)"Vamos esperar uma negociação até o fim de maio. Caso ninguém tente dialogar com a gente, vamos parar durante a Copa do Mundo. Todos os trabalhos da Policia Federal serão paralisados, inclusive dos aeroportos onde não existe outro órgão que sabe operar", disse o policial André Vaz de Mello, 44 anos.
Cerca de 200 agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal contestavam "sistemas falidos que não resolvem problemas da criminalidade", em torno do horário, segundo os organizadores.
"No aeroporto é complicado porque só a Polícia Federal sabe fazer o trabalho de imigração, ninguém vai nos substituir a contento. A não ser que abram as porteiras e deixem entrar terroristas, procurados da justiça e tudo. É uma opção do governo, se ele vai querer manter a segurança da copa ou vai abrir as porteiras", garantiu Vaz de Mello.
A concentração do protesto acontecerá até as 11h, quando os funcionários públicos planejam caminhar até o posto seis da praia de Copacabana.
Para as ruas do bairro, policiais levaram elefantes brancos que, de acordo com eles, representam "o falido, burocrático e arcaico modelo de segurança pública atual".
Outro protesto
No dia 2 deste mês, policiais federais foram às ruas para protestar por melhores condições de trabalho. Cerca de 100 agentes, escrivães e papiloscopistas se reuniram em frente ao Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, Zona Portuária, para denunciar à população a "desvalorização que categoria" vem enfrentando nos últimos anos, como informou a assessoria de imprensa do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal (SSDPF/RJ).
Vestindo camisas pretas com os dizeres “S.O.S. Polícia Federal” e utilizando cartazes e caixa de som, o grupo lembrou as preocupações da PF com os rumos da segurança pública, destacando o alto índice de suicídio dentro da instituição. Segundo levantamento do sindicato, na sexta-feira (28) houve o 12º caso de suicídio de um policial federal na atual gestão da direção da entidade.
Elefantes
brancos representam 'o falido, burocrático e arcaico modelo de
segurança pública atual'. (Foto: Matheus Rodrigues / G1)
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