MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 6 de abril de 2014

Pai de adolescente questiona vacinação contra o HPV na Paraíba


Bula da vacina sugere administração diferente da que vem sendo adotada.
Esquema segue orientação do Ministério da Saúde, diz SMS.

Do G1 PB

'Esquema estendido' empregado na Paraíba é diferente do esquema sugerido pela bula da vacina quadrivalente contra o HPV (Foto: Foto: Frederico Martins / G1)'Esquema estendido' empregado na Paraíba é
diferente do esquema sugerido pela bula da vacina
quadrivalente contra o HPV
(Foto: Foto: Frederico Martins / G1)
Uma dúvida sobre o esquema de vacinação utilizado para imunizar adolescentes contra o papilomavírus humano (HPV) foi recentemente levantada pelo pai de uma adolescente em João Pessoa.
O pai da jovem, que não quis ser identificado, procurou a equipe de reportagem do G1 com uma bula da vacina e chamou a atenção para uma diferença quanto ao esquema de administração utilizado.
A vacina quadrivalente recombinante protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do papilomavírus e a bula do produto traz a informação de que “o ideal é que as doses sejam administradas da seguinte maneira: a primeira dose na data escolhida por você e seu médico, a segunda dose 2 meses após a primeira e a terceira dose 6 meses após a primeira,” sugerindo um esquema vacinal diferente do que vem sendo empregado na Paraíba.
O esquema adotado pelo Estado e pelos municípios para a administração da vacina oferece a segunda dose seis meses após a administração da primeira e a terceira e última dose só será oferecida cinco anos após a primeira. A bula da vacina alerta ainda que todos os benefícios da vacinação só serão obtidos se as três doses forem recebidas.
A chefe do setor de imunizações da Secretaria de Saúde de João Pessoa, Chiara Dantas, informou que o 'esquema estendido', como é conhecido, foi adotado pelo Ministério da Saúde após uma série de estudos e é o mesmo empregado em todo o Brasil. O esquema também é o mesmo aplicado em outros países como Canadá e México, segundo Chiara.
“O Ministério da Saúde optou pelo esquema estendido porque viu através de diversos estudos que a idade ideal para receber a primeira dose da vacina era essa [de 11 a 13 anos] por que quando essas adolescentes chegarem a idade de 15, 16 e 17 anos elas receberão a terceira dose que servirá como um reforço, o objetivo desse esquema é fazer com que elas se mantenham com ciclos de anticorpos em alta o máximo de tempo possível”, disse.
Segundo Chiara Dantas, o Ministério da Saúde já estudava há mais de dez anos qual seria a forma mais eficaz de oferecer a vacina em grande escala para a população e para esclarecer as dúvidas dos usuários publicou um Guia Prático de Perguntas e Respostas sobre o HPV, que pode ser acessado no site do órgão. . O guia traz informações sobre o vírus, prevenção, vacinação e sobre o esquema escolhido para a administração da vacina aos usuários da rede pública de saúde.
Os pais podem ficar totalmente tranquilos quanto a eficácia da vacina aplicada no esquema estendido. Essa é uma ação que vem sendo planejada há muito tempo e baseada em estudos.
Chiara Dantas
“Como nós estamos falando de uma grande meta é preciso planejamento e um estudo criterioso para garantir que tudo seja feito da maneira mais eficaz, esse é um planejamento que não foi feito do dia para a noite, o Ministério da Saúde já vinha estudando há mais de 10 anos antes de escolher o esquema estendido.
A forma como uma vacina interage com o organismo muda de uma vacina para outra e entre os fabricantes algumas orientações também mudam, por isso o Ministério pensou em todas as possibilidades, para ter a melhor resposta possível em uma imunização coletiva, a rede privada faz de forma diferente até mesmo por causa do público que é menor, e poucas pessoas podem ter acesso a vacina na rede privada, então nós precisamos fazer de uma maneira que beneficie o máximo de pessoas e da forma mais eficaz possível”, explicou.
A chefe do setor de imunizações da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Isiane Queiroga, também explicou que o esquema estendido foi adotado por proporcionar uma resposta imunológica mais eficiente.
“O esquema estendido foi uma orientação da Câmara Técnica Assessora de Imunizações (CTAI) e se trata de uma opção mais eficiente, que confere uma resposta melhor, porque após decorridos os cinco anos, a vacina vai ativar a memória imunológica da adolescente”, afirmou Isiane.
Chiara Dantas disse que os pais das adolescentes podem ficar tranquilos quanto a eficácia da vacina e que devem levar suas filhas para se vacinar.
“Os pais podem ficar totalmente tranquilos quanto a eficácia da vacina nesse esquema, as pessoas criam muitas coisas sobre essa vacina, muita gente tem publicado notas em redes sociais, mas essa uma ação que vem sendo planejada há muito tempo e baseada em estudos, não há nenhuma caso de reação a vacina, são poucas as queixas, exceto uma dorzinha de cabeça, muitas vezes até porque a adolescente não se alimentou direito antes de receber a vacina, é muito importante que os pais vacinem as meninas”, pontuou Chiara.
Campanha de imunização
Promovida em escolas públicas, privadas e nas unidades de saúde, a campanha de vacinação contra o HPV começou no dia 10 de março e já imunizou mais de 5 mil meninas em João Pessoa.
O agendamento para a vacinação nas escolas foi encerrado nesta sexta-feira (4), mas a vacina pode ser encontrada normalmente em todas as unidades de saúde de referência no Estado.
A previsão é de que a segunda dose da vacina comece a ser administrada no dia 13 de setembro, quando acontecerá um Dia D de vacinação contra o HPV, conforme informou Chiara Dantas.

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