MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de abril de 2014

Em RO, feirantes e clientes reclamam da alta nos preços de alguns produtos


Macaxeira, castanha e banana estão na lista dos produtos mais caros na feira. Clientes reclamam de preços abusivos em Porto Velho.

Suzi Rocha Do G1 RO

Feirantes e clientes reclamam da aumento nos preços de alguns produtos. Fornecedores do Baixo Madeira deixaram de abastecer a capital. (Foto: Suzi Rocha/G1)Feirantes e clientes reclamam do aumento nos preços de alguns produtos. Fornecedores do Baixo Madeira deixaram de abastecer a capital (Foto: Suzi Rocha/G1)
Nas feiras livres e mercados públicos de Porto Velho, as reclamações sobre os preços de alguns produtos são feitas por feirantes e consumidores. Na manhã deste domingo (6), a dona de casa Lúcia Aparecida dos Santos, de 45 anos, esteve na feira da Avenida Amazonas, uma das mais antigas e tradicionais da capital, para fazer compras de frutas e verduras que deverão suprir as necessidades da família por uma semana. Ela reclama que alguns feirantes estão abusando no valor de alguns produtos, sob a alegação de que a cheia histórica do Rio Madeira está influenciando no preço cobrado pelos produtores. O nível do Rio Madeira está começando a baixar, e registrou, na manhã deste domingo, a cota de 19,56 metros, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA).
“Pra evitar ser explorada eu procuro comprar sempre na mesma barraca, pois venho aqui quase toda semana e o pessoal já me conhece. A chicória é a verdura mais escassa e, consequentemente, a mais cara. A macaxeira e a banana também subiram muito”, reclama Lúcia. Na opinião de Vicente Lara, de 40 anos, que é feirante e também produtor, a dona de casa tem razão. Ele diz que só alguns produtos cultivados na região do Baixo Madeira deveriam estar com preços acima da média. “Sempre tem gente pra tirar proveito, mas posso dizer que, com exceção da chicória, as verduras não tiveram muita alteração de preço, pois são plantadas em terra firme. O jambú sumiu no começo da cheia, mas agora também já voltou para as bancas. As chuvas dificultam o cultivo, mas não tem nada a ver com a enchente”, disse Lara, que também afirma que a chicória leva cerca de 60 dias para ficar no ponto de colheita.
A palma de banana, que está sendo vendida a R$ 10, antes da cheia custava entre R$ 5 e R$ 6. O feirante Tadeu Barbosa da Silva, de 55 anos, disse que os bananais da beira do rio foram inundados, e que agora seu fornecedor é de União Bandeirantes, distante cerca de 160 quilômetros de Porto Velho. Ele se queixa de que as frutas estão demorando muito a chegar a capital. “A estrada é precária, dificulta o transporte, fora os bloqueios que ocorrem de vez em quando. Já tive remessa de bananas que passaram mais de dez dias no caminhão, daí quando chegam aqui, já estão muito maduras, se eu não vendo rápido, tenho prejuízo”, reclama Tadeu que tinha sua barraca fixa na Feira do Produtor, na Avenida Rogério Weber, região inundada pela água do Madeira.
Macaxeira está na lista dos produtos que mais sofreram aumento. Comerciante diz que subiu o preço e caiu a qualidade. (Foto: Suzi Rocha/G1)Macaxeira está na lista dos produtos que mais sofreram aumento. Saca, antes vendida a R$45, está custando R$ 70 (Foto: Suzi Rocha/G1)
Os feirantes que vendem macaxeira e farinha de mandioca são os que mais reclamam dos preços altos, e consequentemente seus fregueses. No Mercado do Quilômetro 1, centro de Porto Velho, a comerciante Maria José dos Anjos, de 60 anos, disse que está pedindo farinha do Pará. “Embora venha de longe, é mais negócio pra comprar de lá. É um produto de qualidade e não corro o risco de ficar sem. O saco da macaxeira, que antes eu comprava a R$ 50, agora pago R$ 70”, afirma. Já o feirante Daniel Gomes da Silva, de 63 anos, disse que estocou farinha antes da cheia. “Ainda tenho, porque comprei muita, mas se eu quiser comprar farinha do meu fornecedor hoje ele vai me dizer que não tem. As casas de farinha do Baixo Madeira estão debaixo d'água. O quilo, que antes eu vendia a R$ 4, está custando R$ 8”, diz o feirante.
Voltando pra casa com muitas sacolas, o técnico de informática Gabriel Cordeiro, de 35 anos, diz que a conta ficou mais alta. “Visito as feiras todo final de semana. Não deixo de levar o açaí, frutas em geral, a farinha, a macaxeira e a goma de tapioca. Desses itens só algumas frutas, com exceção da banana, e a goma não estão mais caras”, lamenta Gabriel, que acredita ter tido um aumento de 20% nos gastos com a feira. Os feirantes que vendem a goma e a farinha de tapioca dizem que o produto está vindo do Paraná. A castanha do Pará também está na lista de produtos que ficaram mais caros. Uma comerciante diz que a lata da castanha, antes comprada por R$ 25, está sendo vendida a R$ 45.

Nenhum comentário:

Postar um comentário