Demanda, no entanto, deve ser trabalhada para que unidades não virem elefante branco
De acordo com Sampaio, no entanto, o número de novos quartos só chegou a quatro mil, número que para ele é suficiente para atender á demanda do evento. "Nós esperávamos um aumento importante na oferta no Rio de Janeiro, mas com a preocupação do pós-evento."
Sampaio alerta que a corrida para abertura de novos quartos acabou gerando alguns problemas, como a capitalização para investimento em hotéis. Apesar das linhas de financiamento, conta Sampaio, surgiram modalidades de sociedade em cota de participação, "havendo abuso de investidores incautos, seduzidos pela ideia de Copa, do crescimento hoteleiro, que estavam enveredando por uma promessa de rentabilidade que não ia se concretizar". Ele reforça que a Comissão de Valores Mobiliários acabou mandando enquadrar alguns empreendimentos e operadoras.
"Tem que haver um estudo de viabilidade de economia, para uma oferta equilibrada e racional, que seja absorvida pelo mercado. Nós, com certeza, estamos preocupados com as obras de infraestrutura, esperávamos que isso se materializasse de maneira mais rápida, porque isso muda a percepção do destino. Mas o país tem obras atrasadas, aeroportos que adotaram soluções paliativas, ou que estão em atraso. O povo brasileiro que vai ser o grande anfitrião e vai fazer a diferença", acredita Sampaio.
Sampaio aponta que o mercado deve aproveitar pesquisas relacionados ao comportamento do turista da Copa 2014, com informações como o total de passagens aéreas e destinos escolhidos, para mensurar o deslocamento dos estrangeiros no Brasil durante o evento e oferecer um trabalho diferenciado.
"A equação da Fifa é que deve haver 35% da capacidade instalada da arena m número de quartos. O Maracanã tem 65 mil lugares, então tem uma demanda para vinte e poucos mil quartos. Temos uma concentração muito grande de novos hotéis na Barra, em função do Riocentro, que precisava de uma capacidade adicional. Eu diria que se ficar nesse patamar que estamos hoje, vai ficar condizente com a demanda do mercado. Na Zona Sul cresceu um pouco mais, com expectativa do centro de convenções de médio. Eu diria que os eventos são uma grande saída para a cidade manter a demanda pelos novos quartos", finaliza Sampaio.
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