MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Criança que esperava há 2 anos por transplante morre em hospital de SP


Criança aguardava por transplante do intestino no Instituto da Criança.
Ela ganhou o direito de fazer a cirurgia nos EUA, mas governo negou.

Adriana Justi Do G1 PR

Criança sofria da síndrome do intestino e estava internada no Instituto da Criança, em SP  (Foto: Reprodução/RPC TV)Criança sofria da síndrome do intestino curto
e estava internada no Instituto da Criança, em SP
(Foto: Reprodução/RPC TV)
A menina curitibana Francine de Assunção, de 3 anos, que aguardava  por um transplante de intestino há mais de dois anos, morreu durante a madrugada desta quarta-feira (2) no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. A informação foi confirmada ao G1 pelo advogado da família, Edgar Ferraz.
O hospital foi procurado pela reportagem para informar a causa da morte, mas relatou que, por questões de ética médica, não vai comentar. De acordo com Edgar, a criança estava fragilizada e tentava se recuperar de uma infecção hospitalar.
Francine sofria da síndrome do intestino curto e ficou internada no Hospital de Clínicas de Curitiba (HC) por dois anos,  onde passou pela cirurgia para retirar parte do intestino. Ela precisava do transplante para sobreviver e aguardava por um doador compatível.
Como a doença é rara e não há casos bem sucedidos desse tipo de transplante em crianças no Brasil, ela chegou a ganhar o direito de fazer a cirurgia nos Estados Unidos, mas o governo federal recorreu da decisão da Justiça Federal e sugeriu que o transplante fosse realizado em São Paulo. Desde então, ela aguardava por um doador.
O último caso desse tipo de transplante em crianças, segundo o médico responsável Uenis Tannuri, foi realizado na Santa Casa de São Paulo há 10 anos, mas não deu certo.
Emocionada, a mãe, Rosimari de Assunção, relatou ao G1 que acredita que se a menina tivesse sido levada para os EUA poderia ter sobrevivido. "Talvez lá ela tivesse conseguido o doador mais rápido. Estamos todos muito tristes. Perdemos nossa filha amada".
Sobre a infecção hospitalar, Rosimari criticou as condições de higiene do hospital onde ela estava internada. "Era uma coisa muito desorganizada. Todo mundo usava o mesmo banheiro, não havia isolamento", reclamou.
O velório e o sepultamento serão realizados em Curitiba, conforme o advogado da família. Até as 8h30, o corpo ainda não tinha sido liberado.

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