Contagem regressiva para a Copa do Mundo

Evento pretende movimentar o mercado local e profissionais do terceiro setor já estão capacitados para atender aos turistas estrangeiros e brasileiros

  IVANA CAROLINA
isantos@grupocomunidade.com.br  Redação Jornal da Comunidade

Com a expectativa de aumentar o movimento nas vendas da capital federal, as lojas da cidade já começaram os investimentos

A sessenta dias do início das festividades para a Copa do Mundo no Brasil, o evento esportivo é considerado oportunidade ímpar para o mercado brasiliense obter lucros e garantir as boas vindas aos turistas. Segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), é estimado que turistas brasileiros e estrangeiros gastem R$ 25,2 bilhões durante a Copa. O dinheiro poderá movimentar e desenvolver o setor de serviços.

Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Distrito Federal (Abrasel-DF), Jaime Recena, afirma que os profissionais estão sendo capacitados pela Abrasel-DF e Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas Empresas (Sebrae) nos últimos quatro anos. “A Abrasel-DF está capacitando os seus profissionais. Estamos com uma parceria com o Sebrae para capacitar mais garçons, gerentes e outras profissões afins. Além da ação de capacitar mais os profissionais, fizemos as traduções dos cardápios, preparamos guias para impresso e aplicativos com tradução para outros idiomas”, destaca o presidente da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF).

O presidente Jaime Recena afirma que os turistas vão ser bem recebidos pelos profissionais e espera que desfrutem da cidade. “Estamos preparados para receber os turistas. Serão bem atendidos pelos profissionais capacitados. Esperamos que eles possam vir a Brasília para desfrutar da gastronomia, bares e restaurantes da capital federal”, enfatiza Jaime Recena.

No entanto, ele menciona preocupação em relação ao evento após a experiência da Copa das Confederações. Jaime diz que era esperado aumento no movimento do mercado, porém foi aquém do almejado. “Na Copa das Confederações, a expectativa de lucros, movimentação e vendas não foi atingida, pois esperávamos receber mais pessoas, com lucros maiores. Temos medo que seja a mesma situação na Copa do Mundo. Mas sempre torcemos para que seja sempre melhor e que os bares e restaurantes tenham movimento, pois nos preparamos para isso”, pontua o presidente da Abraseil-DF.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adelmir Santana, conta que a Copa do Mundo será uma oportunidade para aumentar os lucros. “A expectativa é de uma movimentação fora do normal. Capacitamos os comerciários junto ao Senac. Os empresários esperam que ocorra tudo bem e que seja uma oportunidade de ganho”, relata o presidente da Fecomércio-DF.

Imar Braga, 67 anos, dono da loja Parabéns, enfeites e artigos para festas, está otimista com a chegada da competição internacional porque poderá aumentar as vendas. “Estamos comemorando a Copa do Mundo em Brasília e vendendo variedades de produtos na linha verde e amarelo como perucas, chapéus, copos e aguardamos que seja uma época para festas com temática de Copa. A chegada do espetáculo esportivo traz um impulso para as vendas. Esperamos um aumento significativo de venda para esse segmento de pelo menos 20%”, conta Imar Braga.

Comércio otimista com o evento

Imar Braga conta que está otimista com a chegada da Copa

O empresário considera estar preparado para o consumo e que a Copa do Mundo será melhor para o comércio do que foi a Copa das Confederações. “Estamos vindo de uma feira para compra de artigos de festas relacionados ao tema. Temos produtos para as pessoas enfeitarem as lojas, casas, bares e restaurantes para criar um clima de Copa do Mundo. Falta apenas um mês para os jogos começarem. As vendas serão melhores que a Copa das Confederações porque ela tem mais peso e força para o mercado. O evento anterior não atingiu o esperado, mas Copa do Mundo vai ser o boom”, espera Imar Braga.

Na loja de Imar Braga, os preços dos produtos variam. “Temos óculos de R$1, perucas de R$5 a R$10. Vai de acordo com o que o cliente quer comprar e pode gastar. Temos para todos os gostos e bolsos”, afirma o empresário.

Daniele Perali já começa a comprar os produtos para o evento

A pedagoga Daniele Perali, 40 anos, compra produtos com o tema da Copa porque considera que é bom para entrar no clima dos jogos. “Comemoro a Copa do Mundo com meus amigos e sempre acontece de enfeitar a casa com a temática para entrar no clima. Gasto, em média, R$50 para arrumar a casa”, conta Daniele Perali.

Hotelaria no DF

A Hplus, empresa de hotelaria, também está preparada para os jogos. Segundo a gerente de recursos humanos da Hplus, Caroline Constantino, a empresa realiza capacitação profissional aos funcionários. “A Hplus realiza treinamentos constantes na empresa. Os colaboradores estarão aptos para receber a Copa do Mundo, pois passaram por treinamentos de excelência no atendimento ao cliente, primeiros socorros e liderança”, afirma a gerente. Apesar dos investimentos de preparação serem maiores, o aumento da diária e da forte demanda trarão lucros para a hotelaria”, conta Caroline Constantino.

De acordo com o diretor de marketing e vendas, Carlos Eduardo Santos, a empresa fornecerá aos clientes conforto e qualidade. “Vamos disponibilizar uma televisão para que os hóspedes possam assistir aos jogos em área comum dos hotéis.

Em parceria com o Ministério do Turismo, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Sebrae, a linha cosméticos Talentos do Brasil feita para atender aos turistas na Copa do Mundo nos hotéis será apresentada pela Realgem’s, no próximo dia 16 de abril, com o objetivo de inserir produtos e serviços da agricultura familiar no setor hoteleiro e agregar valor à oferta turística brasileira. O evento será no Centro de Convenções do Estádio Nacional Mané Garrincha a partir das 8h30.