MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de abril de 2014

Consumismo sustentável entra na moda e gera lucro a empreendedoras


Amigas realizam bazar e lucram R$ 2 mil com a venda roupas usadas.
Economista diz que comércio tem vantagens para vendedor e consumidor.

Do G1 PI

A sala do apartamento da estudante de produção Gabriela Carvalho, de 21 anos, transformou-se em um bazar permanente, no dia 1º de março deste ano. Em busca de peças boas e baratas, a estudante fez da necessidade pessoal de trocar roupas com as amigas, uma oportunidade de negócio. Ela já lucrou quase R$ 2 mil nas três edições. A ideia surgiu quando a jovem realizou o terceiro “Bazar Dazamigas” com a amiga Letícia Elvas.
A sala do apartamento da Gabriela transformou-se em "Bazar Dazamigas".  (Foto: Carlienne Carpaso/G1)A sala do apartamento da Gabriela transformou-se
em "Bazar Dazamigas". (Foto: Carlienne Carpaso/G1)
“Eu comecei essa ideia porque precisava renovar o meu guarda-roupa. Eu tinha muitas roupas de marca e acabava perdendo elas(sic) porque engordava e emagrecia, engordava e emagrecia. Então, eu decidi trocá-las com as minhas amigas, mas como elas não tinham o mesmo manequim que o meu, resolvi trocar com pessoas que não conhecia”, comentou Gabriela, citando que o bazar possui roupas de marcas conhecidas como Colcci, Morena Rosa, Tommy, Ellus, Armani, Aeropostale, Forum, Forever 21, Farm, Michael Kors, Gregory, Dress To, Siberian, Jorge Bischoff, Melissa, Guapa Loca, Carmen Steffens, Santa Lolla e Arezzo.
Roupas disponíveis no Bazar (Foto: Carlienne Carpaso/G1)Roupas disponíveis no Bazar (Foto: Carlienne Carpaso/G1)



Com relação aos lucros das três edições do Bazar, Gabriela explica que uma porcentagem das vendas fica com ela enquanto o restante é repassado à vendedora, que é a dona original das peças. “Nos dois primeiros, eu lucrei no máximo R$ 200 reais em cada, tirando o que eu paguei na compra das araras que comprei para expor as roupas. No terceiro lucrei R$ 2.200 (divididos entre Gabriela e Letícia, que também organizou o evento). Do dia primeiro de março até o dia 02 de abril, quando o bazar veio para na minha casa, já lucrei R$ 560”, disse.

Para a economista Karine Barbosa, o bazar de roupas e acessórios é uma relação de ganha-ganha entre consumidor e vendedor. Ganha o consumidor que adquire peças a preços mais acessíveis, ganha o vendedor que lucra com peças que na lhe são mais úteis e ganha ainda a sociedade com a redução da geração de resíduos e a utilização racional dos recursos, contribuindo para garantir o consumo sustentável. Além disso, ganha a proprietária do bazar, por fornecer o serviço de organizar o empreendimento.
Karine Barbosa comenta que o reaproveitamento é a palavra-chave do consumo sustentável  (Foto: Carlienne Carpaso/G1)Karine Barbosa comenta sobre Consumismo
Sustentável (Foto: Carlienne Carpaso/G1)
Consumismo Sustentável
Karine argumenta que o reaproveitamento é a palavra-chave do consumo sustentável doméstico. Ela também destaca que o bazar de roupas novas é a transformação da oportunidade de promover consumo sustentável em um negócio lucrativo e toda atividade comercial que gera circulação de renda/dinheiro contribui para a economia local.
“Por mais que seja a reposição de produtos já lançados e comercializados e não vá incidir os mesmo impostos sobre essa transação, está movimentando a economia. Especificamente em relação ao uso de cartão de crédito, essa movimentação é financeira também e envolve a remuneração dos serviços bancários, permitindo ao setor agir na circulação e geração de renda”, finalizou a economista.
Gabriela Carvalho usa as redes sociais para atrair clientes ao bazar. (Foto: Carlienne Carpaso/G1)Gabriela Carvalho usa as redes sociais para atrair
clientes ao bazar. (Foto: Carlienne Carpaso/G1)
Redes Sociais
O “Bazar Dazamigas” chama a atenção das clientes através das redes socais, principalmente por meio do Facebook e do Instagram. Gabriela Carvalho afirma que em tudo vê uma oportunidade a mais de negócio, por isso resolveu atrair ainda mais clientes aliando-se as redes socais e a possibilidade de dividir as compras das clientes no cartão de crédito. Para a economista Karine Barbosa, as redes sociais são facilitadoras das transações, assim como o cartão de crédito. Tudo que traz mais facilidade e comodidade é levado em conta pelo cliente.

O Bazar
Gabriela esclarece que o bazar precisa ser totalmente organizado para dar certo. Todas as peças devem estar etiquetadas com o código da vendedora, que é a dona original, com os valores e o tamanho. As informações devem estar em uma etiqueta anexada na roupa ou no acessório e também na lista de peças em uma pasta no computador. As peças ficam por um mês no bazar e, depois desse prazo, Gabriela chama a vendedora para prestar contas do que foi ou não vendido.

A empreendedora, como se autoclassifica Grabriela, explica o processo de seleção e catalogação das peças: “Você vai, entre aspas, me emprestar as suas roupas. E eu vou te dizer quais as roupas podem ir para o bazar porque elas não podem estar rasgadas, furadas ou manchadas. Se eu acho que aquela roupa está dentro do perfil das minhas clientes, eu aceito. Depois de um mês eu presto conta com você, ficando uma porcentagem pra mim e outra pra vendedora. Se não vender eu devolvo a peça. Eu coloco a peça e faço de tudo pra vender. Por isso, uso muito as redes sociais para que as clientes vejam a peça e fiquem atraídas por ela”.

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