por
Carlos Vianna Junior
Publicada TRIBUNA DA BAHIA
O verão de Salvador
oferece opções de diversão e muitas têm ligação com o mar. Uma das
maiores e mais belas baías do mundo faz parte do cardápio de
possibilidades. Conhecer a ilha de Itaparica e banhar-se na serenidade
de suas praias, ou então passear ao longo de seu mar e visitar a
diversas ilhas paradisíacas que constituem a Baia de Todos os Santos, é
uma convite difícil de ser recusado.
Mas a Capitania dos
Portos adverte que esse convite pode conter riscos, inclusive de vida,
se não se utiliza embarcações licenciadas. São essas as vistoriadas que
garantem o cumprimento de normas de segurança que podem fazer a
diferença entre diversão e tragédia.
A jornalista Paulista
Mirian Sodré conta que a caminho da Ilha de Maré, pegou uma embarcação
em Paripe. “Na verdade fui abordada e acreditei que estava indo em uma
embarcação oficial, não pedi para voltar no meio do caminho porque não
era a única passageira”, conta enquanto esperava o barco que lhe levaria
para Itaparica, de onde seguiria para Morro de São Paulo, no Terminal
Náutico do Comércio.
Ela relata ainda que
percebeu que o número de boias no barco era menor que o de passageiros, o
que lhe fez perguntar ao condutor se a embarcação era licenciada para o
transporte de pessoas. “Ele apenas me respondeu que tinha mais de dez
anos de experiência na travessia e que eu confiasse nele. Não tive
escolha, mas morri de medo”, contou, lembrando que procurou por um
extintor e não achou nenhum na embarcação.
Habilitação
Segundo o comandante
Montenegro, da Capitânia dos Portos, existem realmente embarcações que
fazem transporte de passageiro pela Baia de Todos os Santos sem estarem
habilitadas. “Um dos pontos onde mais ocorre é na travessia Paripe/Maré,
mas pode ocorrer em muitos outros pontos, não só em Salvador como em
cidades do interior como Ilhéus e Porto Seguro”, disse. Ele informa
ainda que a Capitania está sempre fiscalizando a Baia de Todos os Santos
e os terminais oficiais de passageiros.
Montenegro conta que ao
abordar as embarcações é cobrado a habilitação dos tripulantes, a
inscrição da embarcação junto à capitania e são checados os equipamentos
de segurança. “É necessário ter boias salva-vidas, extintores e
aparelho de comunicação, entre outros materiais, informa. A Capitania
dos Portos realiza também ações educativas direcionadas às comunidades
que utilizam esse meio de transporte. “Entendemos que a conscientização é
o melhor remédio para se evitar acidentes”, disse Montenegro.Faz parte
dessas ações a distribuição de panfletos informativos.
Desta maneira e com uma
fiscalização mais ostensiva que em outros períodos do anos a Capitania
dos Portos põe em prática a Operação Verão. Na operação de 2012 e 2013
foram apreendidas seis embarcações e 281 foram notificadas. Como reflexo
da campanha que tem sido feita ao longo dos últimos anos, a capitania
espera não necessitar notificar nem apreender tantos barcos este verão.
A Operação Verão
2013/2014 teve seu início em 15 de dezembro de 2013 e término previsto
para 20 de março do corrente ano. O comandante Montenegro, no entanto,
ressalta que tanto os turistas como as pessas que usam esse meio de
transporte devem tomar cuidado e buscar sempre os terminais oficiais de
embarque e desembarque.
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