Famílias também bloquearam Avenida Rotary, na Gruta.
Elas dizem que não vão deixar o local mesmo com determinação da Justiça.
Famílias atearam fogo em pedaços de madeira epenus para bloquear avenida.
(Foto: Carolina Sanches/ G1)
Parte das avenidas foram bloqueadas com móveis velhos, pneus e galhos de árvores queimados.
O trânsito na região está intenso. Filas de ônibus foram formadas desde a Via Expressa. Quem precisa se locomover reclama e não encontra alternativas para fugir do engarrafamento.
Os passageiros de ônibus que seguiam da Via Expressa em direção à parte baixa da cidade ficaram presos no trânsito e, sem outra opção, tiveram que descer antes do destino para tentar chegar a tempo em seus compromissos. Nelson Rodrigues, 60, reclama da situação. "Está tudo parado. Não dá para ir a lugar algum. Até concordo com a mobilização, mas não acho certo tirar o direito de ir e vir de ninguém", disse.
Avenia Rotary também está fechada.(Foto: Carolina Sanches/G1)
Desocupação
O prazo para a reintegração de posse terminou no dia 28 do mês passado, mas as famílias se recusam a deixar a área de uma construtora que ocupam desde o dia 15 de agosto.
O representante do MVT, Marcos Antônio da Silva, o Marrom, disse que na última sexta-feira (29), um oficial de Justiça foi até o local avisar que o prazo já havia se esgotado e que a qualquer momento, equipes da polícia e da Justiça podiam ir até o terreno para que a desocupação fosse iniciada.
O magistrado que assinou a ordem de reintegração de posse, juiz Marcelo Tadel Lemos de Oliveira, da 4º Vara Cívil da Capital, disse que eles deveriam ter deixado o local em setembro, mas um novo prazo foi estipulado e este também já venceu. "A ordem já foi expedida, agora é com o gereciamento de crises. Não deve ser uma ação truculenta, mas eles precisam deixar o local", informou o magistrado.
Marrom disse que eles estão ocupando áreas ociosas na capital para pressionar o governo e garantir moradia. “A promessa do governo é que as famílias serão cadastradas em programas habitacionais. Enquanto isso não acontece, elas precisam de um lugar para viver. Até que essa área seja garantida, vamos continuar ocupando terrenos e prédios públicos”, disse.
Sem-terra ocupam local desde agosto e pedemmoradias fixas (Foto: Karoline Torres/G1)
"Não podemos atender as famílias de forma imediata. Existe um cadastro do município que inclui outras famílias. Temos que ter muito cuidado", afirmou Lira, ao ressaltar que as famílias realmente carentes serão incluídas no cadastro para habitação.
Este cadastro vai relacionar pessoas que terão direito a receber imóveis do conjunto habitacional Parque dos Caetés, no bairro do Benedito Bentes. A previsão, de acordo com informações da Secretaria de Habitação, é que os imóveis fiquem prontos em dois anos.
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