Adeptos do candomblé, umbanda e mina nagô agradeceram aos orixás.
Participantes pediram amor e prosperidade para 2014.
Adeptos e simpatizantes fazem oferendas aos orixás (Foto: Gabriel Dias/G1)
Candomblé, umbanda e mina nagô, religiões típicas de comunidades
afro-brasileiras do Amapá, reuniram-se na noite desta segunda-feira (30)
no Anfiteatro da Fortaleza de São José, Zona Central de Macapá,
para promover oferendas e pedidos aos seus orixás na terceira edição do
Festival Águas Amazônicas na Rota de Yemonjá (Faaroyemon).
Carmem Sheila Araújo, adepta do candomblé
(Foto: Gabriel Dias/G1)
Carmem Sheila Araújo, de 45 anos, adepta do candomblé, diz que a data é
esperada com ansiedade durante o ano. "Segundo a crença, é o momento em
que Yemonjá, a rainha do mar, vem das águas para receber as oferendas e
abençoar seus filhos para o ano seguinte", lembrou.(Foto: Gabriel Dias/G1)
“É o momento de agradecer as conquistas do ano que termina e pedir que 2014 seja um ano regado de muita energia, saúde e prosperidade para o nosso povo”, reforçou a candomblecista.
Pai Alexandre Vanjurê, de 37 anos, saiu do Loteamento Açaí, na Zona Norte de Macapá, para confraternizar no Centro da cidade. Ele conta que sua família ofertou flores, champanhe e axé, que é a energia positiva da religião.
Pai José de Oxossi, coordenador do festival
(Foto: Gabriel Dias/G1)
“Queremos agradar aos orixás em busca do Deus Orunmila, onde
encontramos a essência da pureza, do amor, da prosperidade e da saúde,
que é tudo o que precisamos para inicar um novo ano”, disse Vanjurê.(Foto: Gabriel Dias/G1)
O coordenador do festival pai José de Oxossi lembrou da política sustentável adotada pelos festivais de candomblé, umbanda e mina nagô a partir de 2013 no Amapá, com o uso de materiais biodegradáveis.
As comidas, por exemplo, são embaladas em pratos de isopor ou em folhas naturais. Os presentes que normalmente são transportados em cestas de vime, são levados em cestas confeccionadas com palha.
Recipientes de plástico e metal foram substituídos pelos de madeira e, ao invés de bonecas de plástico, são utilizadas as de pano.
“Os orixás são energias da natureza, que nos ensinam a zelar pela nossa mãe terra, para que possamos ter futuramente um planeta cheio de amor, de paz e preservação natural e ecológica. Além de cuidar do meio ambiente, precisamos zelar pela boa imagem da religião”, reforçou pai José de Oxossi.
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