No atacado, os preços agrícolas fecharam o ano com queda de 1,49%, sob
influência do milho (-27,10%), da soja (-1,38%) e do café (-27%). Já no
varejo, a inflação dos alimentos foi de 9,16%. André Braz, economista da
Fundação Getulio Vargas, instituição que calcula o
índice, afirma que a cesta de compras do consumidor é diferente e
concentra mais
itens que subiram de preço, como carnes (+9,14%), pão francês (+14,94%),
hortaliças e legumes (+8%) e frutas (+15,44%). "Foi um ano de
supersafra, mas é preciso saber de quais produtos estamos
falando. Milho e soja ajudam a baixar preços industriais, mas isso não
quer
dizer que as cestas das famílias ficaram mais baratas", disse ele.
Apesar de mais pressionados, os preços ao consumidor receberam
contribuições
de baixa em áreas administradas pelo governo. A energia elétrica recuou
18%.
Tarifas de ônibus foram congeladas, e o aumento da gasolina ficou
contido até o
fim do ano. Braz afirma que essa atuação do governo fez com que a
inflação ficasse mais
baixa do que se previa em 2013. Mas gera "uma dívida para o futuro", uma
vez que
esses preços terão que ser corrigidos. Uma nova alta do dólar em 2014,
hipótese em que muitos economistas acreditam
devido à recuperação dos EUA, deve acrescentar mais pressão sobre os
preços. "A inflação não está fora de controle mas requer cuidados",
afirma Luís Otávio Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil. (Informações da Folha de São Paulo)
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