Laboratório de Produtos Florestais no AM quer ampliar exportações

Produção atende demanda de países da Europa e América do Norte.
Laboratório conta com núcleo de design que produz peças únicas.

Do G1 AM

Peças de decoração são produzidas com materiais encontrados na região amazônica (Foto: Divulgação/Fucapi)

Com demandas para os Estados Unidos e Europa, a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) inaugurou na sexta-feira (30), o Laboratório de Produtos Florestais, na sede da instituição, localizada no Distrito Industrial de Manaus. O laboratório tem como foco a produção de peças e mobília com espécies encontradas na região Amazônica. Com o novo espaço, a meta é aumentar a exportação dos produtos para outros países.

O laboratório pode ser considerado o único do país com essa estrutura, segundo o líder do Núcleo de Design Tropical da instituição, engenheiro florestal Robervando Gonçalves. "O laboratório conta com cerca de 1500 metros quadrados de área, além de equipamentos adequados para produção das peças. Com toda essa estrutura, será possível aumentar a produção e encurtar os prazos", afirmou.
O engenheiro destacou que o diferencial do Laboratório é a estrutura de criação, que conta com alunos e professores de design da capital. "Podemos fazer parcerias com os alunos da própria faculdade, para levar o projeto a um nível comercial", ressaltou.
Além das peças decorativas, o núcleo que irá trabalhar nas novas instalação já produzia design de interiores. "Já trabalhamos no desenvolvimento do design de interiores de para empresas privadas e governamentais e também de representações políticas em Brasília", comentou.

Capacidade de criação é diferencial do laboratório (Foto: Divulgação/Fucapi)

Segundo Robervando, a produção do laboratório deve atender também a uma demanda internacional. "Nossos produtos são exclusivos, não existem em nenhum outro lugar, pois trabalhamos com espécies de madeira de alta densidade, que o mercado não costuma usar", contou. "Por meio de representações comerciais, temos lotes de peças que já são vendidas para países da Europa e também, mais recentemente, da América do Norte", explicou.
O engenheiro destacou ainda que os materiais usados na produção das peças são espécies de madeira não aproveitadas pelo mercado, como restos de madeira, sementes e fibras naturais. As espécies virão de municípios como Maués, Novo Airão, Itacoatiara e Paricatuba.