Governador de PE afirmou que saídas no CE são fruto de disputa política.
Ministro da Integração disse que terá reunião com Dilma na segunda (30).
Bezerra Coelho e Campos inspecionaram obra em Paulista
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, minimizou, neste sábado (28), a saída da executiva do
partido no Ceará. Questionado se desfiliações - incluindo a do
governador Cid Gomes, de prefeitos, deputados estaduais, federaise
vereadores - seriam uma perda, o socialista foi enfático: “De forma
nenhuma. Na verdade, você só perde o que tem”.(Foto: Katherine Coutinho/G1)
O governador deu a declaração após a inspeção das obras de contenção do mar na orla de Paulista, onde esteve acompanhado do ainda ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. A cerimônia contou com fogos e banda na chegada das autoridades. “Havia uma disputa política e um conjunto venceu de forma muito expressiva esse debate. Nós tivemos uma votação na Executiva [nacional] com a presença dos governadores, com presença de prefeitos de capital, de bancada, uma votação unânime, o que deixou para um conjunto de uma seccional do partido uma situação que eles discutiram e resolveram deixar o partido. Fizemos isso com muita tranquilidade, com muito respeito com os companheiros que nos deixam”, apontou Campos.
Sobre o comentário do ex-ministro Ciro Gomes, que classificou a atitude do presidente nacional no processo de saída do grupo do governador Cid Gomes (CE) do partido como ‘canalhice’, o governador afirmou que é preciso “saber perder”. “Houve uma disputa política, nós ganhamos, eles perderam. A gente tem que saber ganhar. E quem não sabe ganhar, acaba não ganhando outra vez. Quem perdeu, tem que saber perder”, resumiu.
Campos e Bezerra pararam para tirar fotos e
cumprimentar população. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
O governador reforçou que as decisões sobre a sucessão em Pernambuco
devem ficar apenas para 2014 e garantiu não estar preocupado com a
pesquisa divulgada nesta semana, em que aparece com 4% das intenções de
voto na corrida presidencial. “Pesquisa é uma fotografia de um momento.
Já vi muita gente ganhar pesquisa e perder eleição, perder pesquisa e
ganhar eleição. É melhor ganhar eleição que ganhar pesquisa”, afirmou.cumprimentar população. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Ao lado de Eduardo Campos, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, reforçou seu compromisso com o PSB e afirmou abertamente que a sigla já pensa em 2014. “O PSB tomou a decisão de se apresentar com um projeto próprio para poder sensibilizar e ter o apoio na perspectiva do lançamento da candidatura presidencial. Estou agora à disposição do partido”, explicou.
Bezerra Coelho afirmou que sua saída definitiva do ministério depende de uma conversa que deve ter com a presidente Dilma Rousseff na segunda-feira (30). Apesar de estar deixando o cargo, o ministro reafirmou o respeito pela presidente e também que pretende continuar trabalhando enquanto não entrega oficialmente o posto.
Campos lamentou que alguns políticos do Rio de Janeiro estejam afirmando não reconhecer Romário como o atual presidente do PSB no estado. “Toda a documentação foi encaminhada, lamento que tenha que se fazer esse tipo de disputa, mas não tenho mais nada a acrescentar. O debate político nós já travamos e agora é um debate no campo jurídico, e eu não sou advogado”, disse.
No caso do Ceará, uma comissão formada deve indicar a direção provisória da sigla já na próxima semana. O presidente nacional do PSB não adiantou o número de filiações feitas nos últimos 15 dias, mas espera ter um balanço até a quarta-feira (2).
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