Faltam materiais básicos em unidades de saúde do município no Sul do RS.
Prefeitura diz que fornecimento atrasou devido a problemas na licitação.
Ilustrativa da precariedade da saúde pública, a situação ocorre no posto Dr. Breno Antunes Nunes, na praia do Laranjal. A única unidade de saúde do bairro onde vivem 12 mil pessoas não tem gaze. “Nós orientamos o paciente a tentar trazer de casa algum material básico de curativo”, diz o médico que atende no local, Rodrigo Feijó.
Falta material básico também em outros postos de saúde do município. De acordo com funcionários de uma unidade, apenas um rolo de gaze é entregue por mês no local, quando seriam necessários pelo menos seis ou sete para dar conta da demanda no período.
Na unidade Navegantes, o aparelho de esterilização está quebrado. Também faltam luvas e medicamentos básicos, como sulfato ferroso, além de material para exames. Um cartaz na parede avisa os pacientes que os testes de pré-câncer foram interrompidos. “As escovas que servem para coletar o pré-câncer da mulher, a gente está sem há aproximadamente um mês. Estamos tendo que remarcar para daqui a um mês”, diz o médico Anderson Souza Silva.
Segundo a Secretaria de Saúde, o problema da falta de materiais básicos de enfermagem atinge toda a rede do município, que possui 50 unidades. O fornecimento do material atrasou por problemas na licitação e a previsão é de que os estoques sejam regularizados em 15 dias. “Teve problemas técnicos em um dos processos, e o outro não teve empresas que quisessem nos vender. Estamos também comprando por dispensa de licitação”, diz a secretária de saúde, Arita Bergman.
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