Organon lança campanha com mamadeira gigante na Avenida Paulista alertando para gravidez precoce no Brasil Farmacêutica
global exibe peças para chamar a atenção para gestação em meninas e
adolescentes de 10 a 19 anos, e cria conteúdo sobre planejamento
familiar e métodos contraceptivos de longa duração São Paulo, 31 de janeiro de 2025 — Farmacêutica
global com atuação em mais de 140 países, a Organon exibe hoje uma
mamadeira e uma chupeta gigantes em plena Avenida Paulista, em São
Paulo. As peças fazem parte da campanha de comunicação da companhia para
a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, na primeira
semana de fevereiro, para chamar atenção para a gestação precoce e a
necessidade de ampliação de métodos contraceptivos de longa duração no
SUS. Segundo o Ministério da Saúde, 315.606 meninas de 10 a 19 anos
deram à luz em todo o Brasil em 2022 — o correspondente a assombrosos
12,3% em relação ao total de gestantes no país. A
campanha da Organon será realizada até o próximo dia 16 e as duas
estruturas estarão em frente ao Shopping Cidade São Paulo apenas nesta
sexta-feira. As ações também contam com camisas e painéis com o slogan
"Uma decisão desse tamanho", alusivo à importância das consequências de
uma gravidez na adolescência, junto às imagens de uma mamadeira e uma
chupeta gigantes, e QR code direcionando para material educativo sobre
planejamento familiar e métodos anticoncepcionais de longa duração como
implantes subdérmicos, além de pílulas, injetáveis, diafragma, adesivos,
DIUs, anel vaginal e preservativos. As peças foram desenvolvidas pela agência PlayFirst e o conteúdo está disponível nas redes sociais da Organon. Dados
do Ministério da Saúde mostram que 66% das gestações entre adolescentes
são indesejadas, ocorridas sem qualquer planejamento familiar. As
regiões Norte e Nordeste concentraram 51,5% dos casos em 2022. Desse
total de mães precoces no país, 5% tinham idades entre 10 e 14 anos. A
gravidez não planejada também é responsável por 20% do abandono escolar
entre essas estudantes, limitando o seu acesso ao mercado de trabalho e
perpetuando ciclos de pobreza. "Queremos
alertar a sociedade para os riscos da gravidez entre meninas e
adolescentes. Os seus efeitos são sérios e duradouros para a vida toda,
pois um quinto delas abandona a escola e se submete a subempregos,
principalmente nas camadas sociais mais baixas, perdendo a chance de
romper com um estado de pobreza familiar e de obter um futuro melhor",
explica a diretora de relações institucionais da Organon, Tássia
Ginciene. "O
Estado tem atuado bem na rede de assistência básica e nas escolas, mas
pode ir além e ampliar ainda mais a sua política de planejamento
reprodutivo e prevenção à gravidez no SUS com a oferta de métodos
contraceptivos de longa duração, como o implante subdérmico de
etonogestrel, que é um hormônio feminino sintético que inibe a gravidez e
tem a menor taxa de falha contra a gravidez, com 99,95% de eficácia",
completa a diretora de saúde feminina, Andrea Ciolette Baes. Desigualdade social quadruplica gravidez precoce Atualmente,
2,3% dessas jovens se tornaram mães no Brasil. Somente em São Paulo,
houve 8.062 casos de gravidez indesejada, em 2023, de acordo com o
DataSUS, do Ministério da Saúde. No Rio, 4.908. Já em Fortaleza, foram
2.537. Em Salvador, 1.865; no Recife, 1.498; e em Porto Alegre, 733
trocaram estudos e trabalho por fraldas e mamadeiras. Segundo
o ministério, as desigualdades sociais e diferenças de raça e etnia são
fatores para que meninas e adolescentes analfabetas ou só com educação
primária tenham quatro vezes mais chances de engravidar do que aquelas
com ensino médio ou superior. O mesmo quadro se observa entre aquelas de
famílias com menor renda. Dados
de 2020 mostram também que, entre os nascidos vivos de indígenas, 28,2%
eram de mães adolescentes. Entre pardas, negras e brancas, esses
percentuais são de, respectivamente, 16,7%, 13% e 9,2%. Já
a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2019, realizada pelo IBGE e
pelo Ministério da Saúde com estudantes do 9º ano (entre 13 e 15 anos),
revelou que 22,6% das meninas e 34,6% dos meninos já haviam tido
relações sexuais. Cerca de 53,5% delas e 62,8% deles relataram ter se
prevenido contra gravidez no último encontro. A pesquisa também apontou
que 77,6% receberam orientação na escola sobre prevenção de gravidez e
69% sobre como obter preservativos gratuitamente.
Foto: Divulgação/Organon/Nino Cirenza: https://we.tl/t-43RZoa4kyz
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