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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) iniciou um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação denominado Nanocarreadores para Terapia Gênica, que tem como objetivo principal mapear novos alvos para o desenvolvimento de uma formulação farmacêutica para tratamento da doença psoríase, em parceria com a IBB (Indústria Brasileira de Bionanotecnologia) e a Embrapii.
Terapia gênica é o tratamento de doenças baseado na transferência de material genético. Em sua forma mais simples, a terapia gênica consiste na inserção de genes funcionais em células com genes defeituosos, para substituir ou complementar esses genes causadores de doenças.
A maioria das tentativas clínicas de terapia gênica atualmente é para o tratamento de doenças adquiridas, como neoplasias malignas e doenças cardiovasculares, mais do que para doenças hereditárias – no caso da psoríase, uma doença autoimune, ocorre um desequilíbrio imunológico, e a doença se manifesta, na maior parte dos indivíduos, entre os 20 e 40 anos.
Segundo a Psoríase Brasil – Associação Brasileira de Psoríase, Artrite Psoriásica e de outras Doenças Crônicas de Pele, a psoríase é uma doença inflamatória, sistêmica e crônica que causa placas avermelhadas espessas na pele, cobertas por escamas esbranquiçadas ou prateadas. Essas lesões podem apresentar coceira, dor, queimação e descamação. Inchaços e rigidez nas articulações podem também ocorrer.
A doença afeta profundamente a qualidade de vida dos pacientes, indo além da questão estética da pele: apesar de não ser contagiosa, a psoríase afeta a autoestima e a qualidade de vida do paciente. Até o momento, não existe uma cura para a psoríase; os tratamentos disponíveis atualmente variam de medicações tópicas (cremes e pomadas) e fototerapia (banhos de luz) a medicações orais e injetáveis.
O projeto emprega uma plataforma tecnológica de mapeamento genético e síntese de nanocarreadores para a encapsulação do material genético de interesse, com mecanismo de ação envolvido no metabolismo da doença. “Nossa pesquisa está direcionada para o desenvolvimento de formulação com ênfase na encapsulação de material genético e com foco na utilização de tecnologias como os sistemas de nanocarreadores, visando a permeação celular para o silenciamento gênico”, completa a gerente técnica do Laboratório de Biotecnologia Industrial e coordenadora do projeto, Patricia Leo.
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