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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Guia de Saúde para o Carnaval: confira as orientações de especialistas para os foliões

 

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Guia de Saúde para o Carnaval: confira as orientações de especialistas para os foliões


Professores de Fisioterapia, Nutrição, Fonoaudiologia e Enfermagem da Unijorge dão dicas para aproveitar a folia de forma saudável


 

Quem não perde o Carnaval sabe que vai enfrentar longas horas atrás de trios ou nos camarotes, terá pouco descanso, muito esforço físico e contato com multidões, o que exige resistência e preparo. Para enfrentar essa maratona da melhor forma, professores dos cursos de Fisioterapia, Nutrição, Fonoaudiologia e Enfermagem da Unijorge dão orientações essenciais para os foliões.

O professor de Fisioterapia, Renato Almeida, explica que existem vários aspectos que contribuem para a ocorrência de lesões articulares nesse período. Um deles é o uso de calçados inadequados, os quais podem causar entorses ou, até mesmo, fraturas do tornozelo. “O folião deve usar um tênis bem confortável e evitar sapatos com saltos, para ter menos impacto com o chão e uma maior estabilidade nos pés, que suportam basicamente todo o peso do corpo”, afirma.

Ele acrescenta que, ao longo da preparação para o carnaval, devem ser feitos exercícios na parte cardiorrespiratória e muscular, e práticas corporais que estimulem a flexibilidade e a mobilidade das articulações, sempre com o acompanhamento de profissionais de Fisioterapia ou Educação Física. “O descanso após cada dia de festa é essencial para evitar a fadiga. Mas o que realmente faz a diferença para a saúde, durante e depois do Carnaval, é curtir a festa respeitando os próprios limites, tanto físicos quanto mentais”, destaca.

A alimentação também desempenha um papel fundamental na disposição dos foliões. A professora de Nutrição, Renata Oliveira, ressalta a importância da hidratação com água e sugere a água de coco para repor os eletrólitos perdidos com o suor. Ela orienta ainda um cardápio leve, com vegetais, feijão com arroz e outros alimentos ricos em carboidratos, visando a reposição de energia. A dieta deve incluir também o consumo de proteína, como ovo, carne magra, frango sem pele ou peixe sem muito azeite, para combater a fraqueza muscular.

A especialista alerta ainda para os cuidados ao comer na rua, destacando a importância de observar a limpeza do local e evitar alimentos expostos sem proteção, crus ou malpassados, pois o consumo de alimentos e bebidas contaminados pode causar intoxicação alimentar. “Nesses casos, podem surgir sintomas como náusea, vômito, dor abdominal, diarreia e sensação de suor frio, não sendo necessária a presença de todos ao mesmo tempo. Se houver evolução do quadro, é necessário procurar atendimento médico”.

A saúde da voz nem sempre é lembrada no Carnaval, mas é preciso cuidado. Manter a hidratação e garantir momentos de descanso ajudam a evitar rouquidão e perda de voz. O coordenador do curso de Fonoaudiologia, Rafael Cabral, aponta que os maiores causadores de danos para a voz são a ingestão de bebidas alcoólicas, o uso do cigarro e a competição sonora, com os gritos, por conta dos sons em volume muito alto.

Caso a pessoa apresente rouquidão, Rafael orienta a beber bastante água e fazer repouso vocal. “A rouquidão é transitória, pois indica edema (inchaço) nas pregas vocais, causado por múltiplos episódios abusivos durante um período. Se, mesmo após o carnaval, o problema persistir por duas semanas ou mais, é necessário consultar um especialista”, diz o professor.

Os ouvidos também merecem atenção. A professora de Audiologia do curso de Fonoaudiologia, Julia Valente, explica que a intensidade sonora de um trio elétrico pode atingir entre 120 e 130 decibéis, enquanto o volume seguro para exposição é de, no máximo, 80 decibéis. Para se proteger, ela cita algumas atitudes: o uso de protetores auriculares, manter distância das caixas de som, evitando sentir o som “vibrando no corpo” e, quando estiver fora do circuito, é necessário o repouso auditivo, ficando afastado de locais barulhentos.

 “É importante sempre ficar atento aos sinais. Ao sentir zumbido, sensação de ouvido tapado ou que não está ouvindo bem, a pessoa deve procurar imediatamente um serviço de saúde”, diz Julia.

 

Além de todas essas práticas, a prevenção de doenças também é essencial e envolve responsabilidade com a saúde individual e coletiva. A professora de Enfermagem, Aiara Amaral, alerta para as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que são transmitidas principalmente pelo contato sexual sem proteção, como sífilis, gonorreia, herpes, HIV e HPV.

Caso a pessoa tenha relação sem proteção, é necessário procurar um serviço de saúde e realizar exames preventivos. A PEP (Profilaxia Pós-Exposição) pode prevenir a infecção pelo HIV se iniciada em até 72 horas. Próximo aos circuitos, há locais de testagem, aconselhamento e distribuição de preservativos e gel lubrificante.

“São medidas básicas que a maioria das pessoas já conhece, como usar preservativo em todas as relações. É importante também ter cuidado com o álcool, que pode reduzir a atenção na hora de se proteger, mas não diminui o risco de infecção”, reforça a professora.




Para esclarecimentos adicionais, favor contatar:

Isabela Borges  (71) 99994-2490

Cinthya Medeiros (71) 99918.9636 

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