BLOG ORLANDO TAMBOSI
Uma oferenda para a missa do Natal de Cristo: o cristianismo e os mercados liberais andam juntos.
É
o que afirmo no longo livro que acabo de terminar. Podemos ajudar todas
as pessoas, como eu faço, a voltarem ao Deus trino e seus amorosos
mandamentos. No entanto, ao mesmo tempo, sem contradição séria, pode-se
também ser um liberal econômico, pessoal e político sério, que defenda
para todas as pessoas uma igualdade de fato de permissões sob leis justas.
Em outras palavras, pode-se ser sério em todos os aspectos, defendendo tanto a divindade de Jesus
de Nazaré quanto a mais plena liberdade de consciência, conversação,
conduta e comércio humanos. Pode-se rejeitar Satanás, em todas as suas
formas sempre populares, e ainda assim rejeitar que a ação individual ou
coletiva sofra coação física em quase todas as próprias formas sempre
populares. Deem a outra face, queridos.
Resumindo,
pode-se ser um "cristão verdadeiramente liberal", defendendo uma
liberdade de vontade dada por Deus, mas rejeitando o estatismo e o
"senhorialismo", que o acompanha. A persistente crença de que nossos
senhores públicos e privados devem governar nossas vontades fisicamente,
coercitivamente —como a crianças indisciplinadas que, nessa visão,
infelizmente somos. O estatismo e o senhorialismo são, quero sugerir aos
meus amados amigos progressistas, altamente conservadores,
congelando-nos como crianças numa hierarquia de senhores.
Edward
Gibbon, em 1776, observou que a história é apenas "o registro dos
crimes, loucuras e infortúnios da humanidade" perpetrados por nossos
senhores no Estado. Entretanto, o estatismo e o senhorialismo hoje são
defendidos de maneira semiconsciente por muitas pessoas criteriosas e
bem-intencionadas, ao longo de todo o espectro convencional, da esquerda
à direita e ao centro.
O
liberalismo clássico, e falo apenas do liberalismo clássico, recusa tal
infantilização. O verdadeiro liberalismo é uma igualdade não de
resultados ou oportunidades, mas de permissão. É um "adultismo",
poderíamos dizer. Certamente é o que nosso Deus abraâmico deseja ver.
Como disse Moisés: "Deixe o meu povo ir".
Esse
é o tema do livro. Padres, pastores, teólogos e cristãos nos bancos de
igrejas seriam sábios se considerassem isso mais seriamente do que faz a
maioria deles hoje. Eles imaginam, sobretudo, um mundo teórico e
irrestrito de senhores maravilhosamente santos, senhores que na prática,
afirmo, prejudicam os pobres e corrompem o resto.
Vocês, cristãos, deveriam ser liberais econômicos, não estatistas.
Postado há 4 days ago por Orlando Tambosi
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