O automóvel é uma invenção que acelerou o desenvolvimento da humanidade. No entanto, é sabido que o automóvel também é um dos grandes protagonistas nas emissões de poluentes e também gera toneladas de lixo com o descarte de peças e fluidos.
E uma das tentativas para conter as agressões do automóvel na natureza e na saúde do ser humano é obrigar que fabricantes desenvolvam carros menos nocivos. Uma das formas é elevar as exigências de emissões.
De tempos em tempos passam a vigorar novas portarias mundo afora. O fabricante precisa se adequar. Ou pelo menos finge que se adequa. Depois de a Volkswagen ter sido pega com a boca na botija, no escândalo que ficou conhecido como Dieselgate, outros fabricantes também foram desmascarados, como Renault e também a Peugeot.
A marca do Leão foi intimada a comparecer ao Tribunal Judicial de Paris nesta quinta-feira (10). Ela é investigada por fraude ao consumidor ao comercializar entre 2009 e 2015 modelos com motores diesel que, ao que tudo indica, não eram capazes de atender às exigências do Euro 5, na França.
A corte ordenou pagamento de 10 milhões de euros, como uma espécie de garantia para possíveis indenizações e multas. Ela também precisou apresentar uma espécie de reserva de 30 milhões de euros, em conta bancária, para outras futuras pendências.
Ainda sim, o valor é troco de pão, comparado aos 30 bilhões de euros gastos pela Volkswagen em multas e indenizações, não apenas nos Estados Unidos, mas também na Europa e até no Brasil, onde foram aplicadas multas de mais de R$ 50 milhões.
Em comunicado, a Peugeot afirma que vai recorrer da decisão. “As empresas acreditam firmemente que seus sistemas de controle de emissão atendem a todos os requisitos aplicáveis nos momentos relevantes e continuam a fazê-lo e aguardam a oportunidade de demonstrar isso”, informou a Stellantis, em nota.
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