Vicente Limogi Netto
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está no dilema da peça de Oduvaldo Viana Filho e Ferreira Gullar: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Caso endosse a maluquice de Bolsonaro contra o uso da máscara pelos vacinados ou curados, está fadado a se desmoralizar e se tornar irmão siamês do ex-ministro Eduardo Pazuello, o serviçal fardado.
Como tem de discordar do atabalhoado presidente, o “tal Queiroga” cai em desgraça e deve ser o quarto da lista. Tem que se equilibrar na corda bamba, sem rede por baixo
500 MIL MORTOS – Triste cenário da quadra brasileira. Estamos à mercê de atitudes desvairadas e irresponsáveis de um chefe da nação que parece torcer para o Brasil alcançar, ainda em junho, o patamar desesperador de 500 mil mortos pela covid-19.
Enquanto isso, na CPI, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), além de esmerado subserviente ao governo Bolsonaro, revela outro torpe desvio de conduta — a falta de educação.
Desesperado, sem argumentos, foi grosseiro e rude com o senador e médico baiano, Otto Alencar, o integrante mais idoso da CPI da covid-19. Mas Alencar naõ se intimidou e respondeu no tom que a estupidez do transloucado Rogério merecia.
MOSTRANDO SERVIÇO – Arrogante e pretensioso, sempre na ânsia de mostrar repugnantes serviços ao Palácio do Planalto, o enfadonho e empolado senador tem o patético costume de desapreciar as decisões do presidente Omar Aziz, do vice-presidente Randolfe Rodrigues e do relator Renan Calheiros.
Quando mostra-se acuado diante das sandices que defende e não tem mais argumentos, Marcos Rogério tumultua os trabalhos da comissão, com provocações, intromissões e pérfidas ironias, tentando agradar Bolsonaro.
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