MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 12 de junho de 2021

Bolsonaro prepara um golpe caso permaneça atrás nas pesquisas do Datafolha

 


Charge do Jota A (portalodia.com)

Pedro do Coutto

Mais uma vez, ao longo da história moderna do país, a democracia corre sério risco, o que faz com que a preocupação volte a criar uma atmosfera densa de ruptura constitucional. Essa perspectiva, inclusive, está bem levantada pelo jornalista Ruy Castro na edição de ontem da Folha de São Paulo.

A questão é simples, aliás como o próprio articulista definiu: os generais, referindo-se ao comando do Exército, deixaram a crise ir longe demais, em decorrência do caso Eduardo Pazuello. Conseguiram esticar a corda demais e não há margem de recuo possível.

SINUCA DE BICO – Portanto, como poderiam os militares pensar em agir a partir de agora? Deixaram escapar uma situação criada pelo próprio presidente da República na medida em que este se empenhou em resguardar Pazuello de qualquer punição militar.

Além disso, ainda nomeou o general como titular da Secretaria de Planejamento Estratégico. Parece até uma surpresa, não fosse Bolsonaro o personagem principal de contradições em série. Ele exalta Pazuello, mas esquece que usou a caneta para demiti-lo da pasta da Saúde.

QUEIROGA – Matéria da Folha de São Paulo, assinada por Daniel Carvalho e Natalia Cancian, ressalta a afirmação literal do próprio presidente da República sobre o seu atual ministro da Saúde. Nesta altura é possível ser ex-ministro da Saúde pelo espaço que existe entre esse artigo e o desfecho na Esplanada de Brasília.

Disse Bolsonaro: “Acabei de conversar com um tal de Queiroga, não sei se vocês sabem quem é. Ele vai ultimar um parecer para desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados, para tirar esse símbolo”. Não pode haver um tratamento mais radical e mais ofensivo do que esse, sobretudo vindo de um homem sem qualquer conhecimento médico ou científico, e que coloca-se acima das definições de grupos da Ciência.

CRISE – Enquanto isso, as contaminações continuam a ter uma presença marcante no incrível panorama nacional. Parece não ter saída a crise que se instalou, cujo final pode representar um recuo a dezembro de 1968 com a decretação do Ato Institucional nº 5 que ampliou o regime ditatorial e a falta de segurança individual das pessoas.

Finalmente, Jair Bolsonaro empenha-se em mudar a realidade. Tirou a máscara da face e agora a estrada a percorrer será marcada pelos obstáculos produzidos

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