MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 12 de junho de 2021

George Soros financia no Brasil um grande número de ONGs e instituições sociais

 


George Soros Philanthropy 50 de fevereiro de 2011 Foto

George Soros é um grande benfeitor dos países africanos

Gabriel de Arruda Castro
Gazeta do Povo

A Fundação Open Society, comandada pelo bilionário George Soros, distribuiu cerca de US$ 32 milhões a organizações brasileiras entre 2016 e 2019. O valor equivale a aproximadamente R$ 117 milhões, considerando o câmbio médio de cada ano. A conclusão é de um levantamento exclusivo da Gazeta do Povo, com base em dados da própria fundação. Os números detalhados de 2020 ainda não estão disponíveis.

A Fundação Open Society atua em 120 países, e distribuiu mais de 3 mil doações no ano de 2019. O orçamento total da fundação para 2020 foi de US$ 1,2 bilhão. Desses, apenas US$ 55 milhões foram destinados à América Latina. George Soros tem uma fortuna US$ 8,6 bilhões, segundo a revista Forbes.

Ao todo, 118 organizações receberam recursos da Open Society para atuar no Brasil entre 2016 e 2019. A grande maioria é de entidades com sede no país, mas também houve repasses para que organizações estrangeiras realizassem projetos no Brasil.

TOTAL AINDA MAIOR – O montante da Open Society aplicado no Brasil muito provavelmente é ainda maior, já que algumas das entidades internacionais financiadas pela Open Society atuam em diversos países ao mesmo tempo. Além disso, a organização distribui recursos diretamente a pesquisadores individuais. Esse montante não foi incluído no cálculo feito pela reportagem.

A Open Society, criada em 1984, defende a liberação das drogas, a legalização do aborto e a libertação de presos que eles chamam de “não violentos”. A organização também se orgulha de financiar projetos que “promovam os direitos em áreas como o reconhecimento legal da fluidez de gênero”.

No período de 2016 a 2019, a organização brasileira que mais recebeu recursos da Open Society foi a Associação Direitos Humanos em Rede, com US$ 2,3 milhões. A entidade, que hoje assumiu o nome de Conecta Direitos Humanos, se identifica como um grupo de ativistas em prol dos direitos humanos. Uma das prioridades da Conectas é a defesa de criminosos encarcerados. A entidade se opõe ao “encarceramento em massa” e apoia medidas que reduzam o número de prisioneiros no Brasil.

DESARMAMENTO – A segunda organização que mais recebeu recursos da Open Society é o Instituto Sou da Paz (US$ 1,8 milhão), que promove, dentre outras causas, a defesa do desarmamento da população. Em seguida, aparece Instituto Igarapé (US$ 1, 5 milhão). A entidade comandada pela cientista política Ilana Szabó atua na defesa da descriminalização das drogas.

Outros nomes da lista da Open Society chamam atenção. A Fundação Fernando Henrique Cardoso obteve US$ 315 mil, distribuídos em três anos diferentes.

Já o Instituto Anis foi beneficiado com US$ 245 mil. O rosto mais conhecido da organização é de Débora Diniz, professora da Universidade de Brasília e uma das mais conhecidas defensoras da legalização do aborto no Brasil.

LISTA DIFERENCIADA – A Associação dos Juízes Federais obteve, em 2019, uma doação de US$ 10 mil. A Quebrando o Tabu, que tem 12 milhões de seguidores no Facebook, recebeu US$ 228 mil.

A lista da Open Society também inclui a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto Alana, o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ) e a Fiotec, um braço da Fundação Oswaldo Cruz.

Em princípio, não há nada de ilegal no trabalho da Fundação Open Society. Mas o volume significativo de recursos injetados em projetos alinhados com as causas de esquerda – e que nem sempre ganha publicidade – pode desequilibrar o debate público.

DA FGV A FHC – A rede financiada pela Open Society é pouco conhecida do público. Os dados sobre as doações ficam em uma parte pouco acessível do site da organização, e não é possível fazer uma separação por país.

Muitas vezes, os beneficiados também não fazem questão de exibir a ligação. A Fundação Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, não divulga quem são os seus financiadores. O Viva Rio, tampouco.

A Quebrando o Tabu também não. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) menciona a Open Society em sua prestação de contas, mas os dados estão defasados: o relatório mais recente é o do biênio 2016-2017.

###

Nenhum comentário:

Postar um comentário