Infectologista explica que cuidados devem ser mantidos, mesmo com a chegada da vacina. Não se sabe se ela terá eficácia em relação à nova cepa, cuja transmissão já é comunitária
Nas últimas semanas, autoridades sanitárias notificaram o aparecimento de nova cepa do coronavírus que geram preocupação em vários lugares do mundo. Os dados indicam que elas são mais transmissíveis que as versões anteriores. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está acompanhando de perto as variantes detectadas no Reino Unido e na África do Sul. No Brasil uma nova cepa mais agressiva foi encontrada em Manaus, capital do Amazonas, que vive um colapso no sistema de saúde provocado pela Covid-19. O superintendente do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, José Garcia Neto, declarou em coletiva à imprensa que sua transmissão já é comunitária em todos os estados brasileiros.
A nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido, por exemplo, é entre 50% e 74% mais contagiosa do que a versão que já conhecemos, conforme afirma um estudo divulgado em dezembro por um grupo de biólogos britânicos. Segundo levantamentos feitos na Inglaterra, existem ainda evidências de que a variante britânica possa ser 30% mais letal. No Brasil, cientistas de dez instituições analisaram amostras de pacientes infectados em Manaus e descobriram que 42% dos casos foram provocados pela nova variante identificada por aqui.
A infectologista Juliana Barreto (CRM 15.391), que atende na clínica AngioGyn, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que uma nova cepa é uma mutação genética do vírus existente, comum entre os vírus. “Acredito que a Covid-19 repetirá o padrão do vírus da influenza, que todo ano vai mutando e justifica o desenvolvimento de uma vacina com novos subtipos do vírus”, revela a médica, que já percebeu a maior infecção causada pela variante. Ela afirma que ainda não se sabe a resposta da nova cepa em relação às vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil. “A tendência é se tornar uma vacina sazonal, como a da gripe”, salienta.
Segunda onda
Com
isso, ela orienta que os cuidados sejam redobrados nessa segunda onda
que está acontecendo. Pesquisadores brasileiros já haviam apontado que a
segunda onda da Covid-19 no Brasil se iniciou em novembro, com um
aumento de casos em relação aos meses anteriores, e em janeiro o país
voltou a registrar mais de mil mortes por dia pela doença. As
aglomerações de fim de ano e a falta de uso da máscara foram os
principais motivos.
“Agora ainda não é o momento de relaxamento, como está sendo feito pela população. É importante essa consciência, porque já aguentamos até agora. Foi difícil para todos, mas o momento é de muita responsabilidade social e consciência coletiva de proteção de todos. Precisamos manter os cuidados e esperar a vacinação em massa para estarmos mais seguros”, alerta. A especialista destaca que os cuidados para a prevenção devem seguir os mesmos. "Distanciamento social de 1,5 metro, uso de máscara o tempo todo e higienização correta das mãos”, reforça.
Devido a alta infectividade da nova cepa, autoridades de outros países como França, Alemanha e Áustria têm recomendado o uso de máscaras cirúrgicas. “Elas têm filtro e camadas mais específicas”, explica. Juliana Barreto destaca a importância do início da vacinação no país. “A vacina está chegando e isso já é uma esperança para acabar com a pandemia, mas é muito importante a população entender que a vacina só terá efeito quando as pessoas forem vacinadas em massa, um grande contingente”, explica.
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