Nem bem completou um mês de fechamento das fábricas da Ford em Camaçari-BA e Taubaté-SP, a rede de distribuidores da marca americana já sente os efeitos no pós-venda, de acordo com o site UOL.
Numa circular da Abradif (Associação Brasileira de Distribuidores Ford), a entidade já indica a falta de peças de componentes para os modelos Ka, Ka Sedan e EcoSport, que foram retirados de linha com o fechamento da planta baiana.
Segundo a entidade, o Procon tem enviado notificações com reclamações de clientes da Ford, que alegam falta de peças na rede autorizada.
A Abradif ainda comunicou os revendedores que estará cobrando a montadora pela situação que gerou, responsabilizando-a pelos danos aos clientes e lojistas.
Além disso, a associação recomenda que os distribuidores façam sua defesa, alegando que não há controle sobre a disponibilidade e produção de peças e acessórios dos modelos da Ford.
Com isso, a situação dos proprietários de carros da Ford vai se complicando. Além da desvalorização acelerada com o fim da produção e consequente saídas dos produtos do mercado, a falta de peças é um problema ainda maior.
A rede Ford continua funcionando e dando assistência aos donos de carros da marca, porém, sem peças e componentes, fica difícil manter a manutenção dos veículos que entram nas oficinas.
Desde o anúncio do fechamento das fábricas em 11 de janeiro, a Ford mantém suas plantas paradas, tendo convocado os trabalhadores novamente para produzir peças para a rede de distribuidores e o mercado de autopeças.
Contudo, os empregados não voltaram às unidades e as linhas estão completamente abandonadas. Apenas a Troller ainda funciona normalmente, mas já com prazo para fechar.
Na rede Ford, além da falta de peças, os empresários rejeitaram uma proposta de indenização da marca e pedem pelo menos R$ 1,5 bilhão para o descredenciamento dos distribuidores, que serão reduzidos de 283 para algo entre 120 e 130 lojas.
[Fonte: UOL]
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