Deputados europeus prometem obstruir a tramitação do acordo
Mercosul-União Europeia no Parlamento do bloco, enquanto o setor
agrícola mostra apreensão com o pacto e a indústria automobilística do
continente comemora sua conclusão. Na ala dos descontentes, as políticas
ambientais e sociais do governo Bolsonaro são os principais alvos de
críticas. “Que vexame a Comissão Europeia [braço executivo da UE]
pactuar com Jair Bolsonaro, que ataca democratas, LGBTs, mulheres e a
Amazônia, e homologou 239 pesticidas desde janeiro”, escreveu em uma
rede social Yannick Jadot, chefe dos ecologistas franceses que inicia
seu terceiro mandato no Parlamento Europeu. “Os Verdes europeus lutarão
sem descanso para bloqueá-lo.” O bloco dos partidos ecologistas na
legislatura que começa nesta terça-feira (2) está mais encorpado do que
de costume, graças ao bom desempenho dos Verdes na Alemanha e na França,
nas eleições de maio passado. A bancada passou de 50 para 75 assentos. O
ganho de musculatura, porém, ainda não permitirá que ela trave a
apreciação do acordo pelo Legislativo da UE -o documento precisa ser
aprovado pela maioria simples dos 751 integrantes da Casa. Ocorre que
vozes provenientes de outros grupos políticos também se ergueram nos
últimos dias contra o acerto anunciado na sexta (28), ao fim de 20 anos
de negociações. Na República em Marcha (REM), legenda do presidente
francês, Emmanuel Macron, vários se opõem aos termos do pacto.
Folhapress
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