Enquanto a extrema-esquerda brasileira continuar procedendo como hoje, o
Brasil será refém do crime, escreve Paulo Briguet em sua coluna na Folha de Londrina:
A prisão dos criminosos que invadiram os celulares de mil pessoas —
incluindo os do presidente da República e do ministro da Justiça — me
fez lembrar o filme “A Vida dos Outros”. Vencedor do Oscar de melhor
filme estrangeiro em 2007, “A Vida dos Outros” conta a história de um
casal de artistas espionado pela Stasi, famigerada polícia secreta da
Alemanha Oriental.
A Stasi não conhecia limites. Em 1989, quando caiu o Muro de Berlim, a
polícia secreta tinha a seu serviço 91.015 agentes especiais. Como a
população da Alemanha Oriental era de 16 milhões, isso significava um
espião da Stasi para cada 175 habitantes. Os “hackers” comunistas da
época utilizavam todos os meios possíveis para espionar os cidadãos:
escutas telefônicas, violação de correspondências, instalação de câmeras
e gravadores nas residências, cooptação de familiares e amigos das
vítimas. Para a Stasi, inexistia a vida privada. Tudo era interesse do
Partido Comunista.
De posse das informações coletadas, a Stasi montava um perfil
político e psicológico de cada cidadão. Caso a pessoa tivesse opiniões
contrárias ao Partido ou aos líderes comunistas, os agentes utilizavam
as mensagens pessoais em armas para transformar a vida do sujeito em um
inferno. Essa técnica, que sempre envolvia a falsificação do material
obtido ilegalmente, chamava-se “Zersetzung” — decomposição. É o que os
Verdevaldos querem fazer com Sergio Moro.
Um dos lemas da Stasi era: “Der Aufbau des Sozialismus ist in erster
Linie eine Erziehung der Menschen”. Traduzindo: A construção do
socialismo é antes de tudo a educação do povo”. Sim, os comunistas
achavam que espionar e atormentar as pessoas era uma forma suprema de
educá-las.
Situações semelhantes ocorriam em todo o bloco socialista. Na Rússia
soviética, as famílias conversavam em voz baixa para não serem
denunciadas por vizinhos de apartamento (como narra o historiador
Orlando Figes em “Sussurros”). Alexandr Soljnetísin foi condenado a oito
de trabalhos forçado por fazer críticas a Stálin numa carta a um amigo;
a poetisa Anna Akhmátova teve que memorizar centenas de poemas para que
não os originais não fossem roubados pela polícia secreta; os
escritores Heberto Padilla e Reinaldo Arenas tiveram suas vidas pessoais
devastadas pelo regime de Fidel Castro. Multiplique tudo isso por
milhões e você terá uma ideia do que aconteceu nesses países e continua
acontecendo até hoje na China, em Cuba, na Coreia do Norte e na
Venezuela.
O socialismo era, é e sempre será um grande “hackeamento” das pessoas
— exceto dos companheiros de causa, é claro. Você considera obra do
acaso o fato de que nenhum político esquerdista teve seu celular
invadido pelos hackers? Você acha coincidência que os criminosos tenham
procurado exatamente uma líder comunista para comercializar o produto do
roubo? Tudo que eles querem é derrubar Bolsonaro, prender o Moro e
voltar ao poder.
Como bem disse outro hackeado, o ministro Paulo Guedes: “O cara
perdeu a eleição e fica trabalhando 24 horas pra derrubar o governo. Vai
trabalhar, vagabundo!”
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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