MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Bolsonaro vive um drama pessoal, mas não pode dar força ao filho mais problemático



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O vice Mourão fala demais, mas é amigo e está ajudando Bolsonaro
Carlos Newton
Aos poucos, a situação nebulosa vai se delineando, já se pode ver com alguma nitidez o que realmente existe por trás da obsessão de Carlos Bolsonaro contra o vice-presidente Hamilton Mourão. A imprensa é implacável e vive da desgraça alheia, conforme destacou o economista John Kenneth Galbraith em sua obra “A Era da Incerteza”. Muitos repórteres então se apegaram à versão de que o presidente Jair Bolsonaro é que deu força ao filho Carlos, o Zero Dois, para atacar o vice Mourão. Os jornais de ontem chegaram a desencavar uma declaração de Bolsonaro a alguns parlamentares, em que teria criticado Mourão, mas essa conversa não teve a importância que agora tentam atribuir.
Em meio à nebulosidade, é preciso buscar fatos concretos. E a realidade é que Bolsonaro não quer brigar com Mourão e deixou isso claro nesta quinta-feira, ao convidar o vice para participar do café da manhã com os jornalistas.
SITUAÇÃO DELICADA – Todo problema que envolve assunto familiar é sempre delicado. Por isso, na Ciência do Direito, questões de família correm em processos sigilosos. Sabe-se que pais não devem manifestar preferência por filhos, mas é inevitável que dediquem maior atenção aos que se revelem mais problemáticos. É justamente o caso de Carlos Bolsonaro, o Zero Dois.
Desde a campanha eleitoral, ele se mete em tudo, chegou a ponto de introduzir um “agente secreto” dentro do Planalto, o primo Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, que ganhou um crachá amarelo, com acesso irrestrito a todo o palácio, sem ser funcionário.
Bolsonaro enfim se livrou do problema, por gentileza do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), que acaba de acolher o jovem em seu gabinete, no cargo de assessor parlamentar 02, com salário de de R$ 17.319,31.
OLAVO E CARLOS – O presidente também enquadrou o escritor Olavo de Carvalho com a nota oficial de segunda-feira, agora só falta acalmar o filho Carlos. Nesta quinta-feira, Bolsonaro ganhou a ajuda de Eduardo, o filho Zero Três, que pela primeira vez deu entrevista discordando da tese de Carlos,  que considera Mourão como uma reedição de Temer, no sentido de trabalhar pela derrubada do presidente. Foi importantíssimo esse posicionamento conciliatório de Eduardo, atendendo à orientação do pai para acalmar o irmão.
Mourão é falador, tem ideias próprias que não coincidem com as teses de Bolsonaro, como sua posição pessoal sobre aborto ser decisão pessoal da mulher, mas é um excelente quadro e sua atuação tem sido positiva.
A pedido do próprio Bolsonaro, o vice tem ajudado a corrigir erros grosseiros da política externa, que o deputado Rodrigo Maia acaba de considerar “um desastre”, e é mesmo, embora haja quem a classifique como “um sucesso”, vejam a que ponto chegamos.

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