Tanto o Presidente interino autodeclarado da Venezuela, Juan
Guaidó,quanto o Grupo de Lima, formado
por 14 países, inclusive o Brasil, ”viajam na maionese” com suas ridículas
estratégias para eventualmente derrubar o tirano venezuelano Nicolás Maduro do seu
trono, mediante novas eleições livres devidamente fiscalizadas por organismos
internacionais.
Com absoluta certeza não dará nenhum resultado positivo as
pressões “diplomáticas” e “econômicas” para fazê-lo ceder ao uso dessa alternativa, democraticamente limpa, conforme
decidiram. Sentado no” colo” da ONU, e com as “costas quentes”
com os “colegas” Rússia e China,
Maduro sente-se absolutamente confortável para não ceder a qualquer tipo de pressão,seja diplomática,seja econômica.
O “Grupo de Lima” descartou ,por completo, na reunião que
teve na Colômbia ,durante a semana em curso, qualquer “intervenção” ou medida
militar de força contra o governo venezuelano ,plenamente consciente,
com certeza, do perigoso estopim que estaria acendendo, se assim decidisse, no sentido de um possível e incontrolável
conflito bélico envolvendo as Grandes Potências Mundiais , uma contra, outras a favor de Maduro. O Grupo de Lima “borrou-se” de medo,resumindo. E com inteira
razão.
Mas é evidente que
nenhum bloqueio econômico à Venezuela dará
qualquer resultado, mesmo porque mais “quebrada” que a Venezuela já está ,certamente não poderá ficar. E qualquer bloqueio econômico porventura
decretado contra esse país traria como
única vítima o próprio povo venezuelano. As suas elites políticas, militares e
econômicas nada sofreriam,uma vez que possuem o poder de escolher e selecionar quem seriamosprejudicados com essas medidas ,reservando para si próprios
o “bom”, e repassando para o povo o “mau”. Mas não há mais o que tirar do povo venezuelano.
Além das “garantias” que possu i para
manter o seu mandato, “roubado” em
eleições fraudadas, Maduro conta com um “exército” de generais dentro do
seu próprio Exército ,que alguns garantemque seria em torno de 2 mil
generais, todos comprados com as suas “estrelas”, os quais estariam incluídos entre os poucos privilegiados desse país, militarmente
sustentando Maduro, muitos dos quais participando ativamente dos negócios
ilícitos dentro do país, inclusive relacionados à cocaína e outras drogas.
Maduro também controla a Justiça venezuelano, através dos
juízes que nomeou para os tribunais superiores.
Resumidamente, não há comose ter alguma expectativa de eventual rebelião militar exitosa. Maduro tem absoluto controle sobre
as suas Forças Armadas ,tanto quanto Kim-Jong-uno tem na Coreia do Norte,
os quais inclusive têm muitas semelhanças.
Por seu turno o povo venezuelano não tem forças nem armas
para se opor a Maduro. E as eleições, quando feitas, são fraudadas .
A própria “fome” decretada por Maduro para controlar o seu povo se encarrega de
inutilizar esse povo para qualquer reação.
Parece então que a única chance de derrubar Maduro
do poder seria algum “acidente”,ou
iniciativa interna de algum “herói”, que o
“eliminasse” definitivamente do mundo
dos vivos.. A história está cheia de exemplosdesse tipo de acontecimento , os quais infelizmente não beneficiaram os respectivos
povos,ao contrário do que poderia acontecer na Venezuela.Talvezexcepcionalmente
valesse a expressão tão censurada que “os fins justificam os
meios”. Sérgio Alves de Oliveira/advogado e
sociólogo
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