MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 31 de março de 2019

Beneficiários de renda assistencial do INSS para pobres reclamam de limitações

POLITICA LIVRE
Diabetes, colesterol alto e doença da tireoide são só alguns dos problemas de saúde que a dona de casa Elvira Pessoa Ferreira, 71, tem. Os gastos com remédios chegam a R$ 300 quando um posto de saúde não fornece os medicamentos. Já a compra de R$ 700 no supermercado tem de durar um mês para suprir as necessidades dela, do marido, do filho e do neto de um ano. “Meu filho [pai da criança] está desempregado há dois anos e mora comigo. Além dos remédios e do mercado, tenho que comprar botijão de gás e fralda para meu neto”, conta Elvira, que recebe o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
O benefício assistencial do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) garante renda no valor de um salário mínimo (R$ 998) e é concedido a idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência que comprovem ter renda menor do que um quarto do piso salarial. O projeto de reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL) prevê a redução do benefício. Pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição), os pagamentos passariam a ser de R$ 400 a idosos a partir dos 60 anos. O valor de um salário mínimo somente seria concedido a partir dos 70 anos. No caso das pessoas deficientes, não há mudanças.
No caso de Elvira, a soma dos gastos com supermercado e remédio já ultrapassa o valor do benefício, que ela recebe há um ano. Mesmo com o marido aposentado (que também ganha um salario mínimo), sustentar a casa -em um conjunto habitacional de Guaianases (zona leste)- é tarefa difícil. A situação é semelhante à de Luiz Laurentino dos Santos, 66, que também recebe o BPC há um ano. O dinheiro ajuda a manter os gastos da casa e custeia as despesas da mulher -que está doente- e do filho de 39, desempregado. “Eu não tenho como trabalhar. Meu filho também não, porque teve um problema na perna e mal consegue andar. O que ganho praticamente só dá para os remédios. Tanto é que estou com a conta de luz atrasada há três meses”, conta Santos. O BPC também não cobre as despesas básicas de Maria du Carmo Fernandes, 56, que recebe o benefício porque tem uma filha de 13 anos com síndrome de Down. Ela sustenta a garota sozinha. Maria foi demitida do emprego logo que voltou da licença-maternidade, quando a menina nasceu. Desde então, não conseguiu voltar ao mercado de trabalho.
Folhapress

Nenhum comentário:

Postar um comentário