sexta-feira, 1 de março de 2019

MADURO SÓ SAIRÁ “MUERTO”


Tanto o Presidente interino autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó,quanto o Grupo  de Lima, formado por 14 países, inclusive o Brasil, ”viajam na maionese” com suas ridículas estratégias para  eventualmente derrubar  o tirano venezuelano Nicolás Maduro do seu trono, mediante novas eleições livres devidamente fiscalizadas por organismos internacionais.
Com absoluta certeza não dará nenhum resultado positivo as pressões “diplomáticas” e “econômicas” para fazê-lo ceder ao uso dessa  alternativa, democraticamente limpa, conforme decidiram. Sentado no” colo” da ONU, e com as “costas  quentes”  com os “colegas” Rússia e  China, Maduro sente-se absolutamente confortável para não ceder a qualquer  tipo de pressão,seja diplomática,seja  econômica.
O “Grupo de Lima” descartou ,por completo, na reunião que teve na Colômbia ,durante a semana em curso, qualquer “intervenção” ou  medida  militar de força contra o governo venezuelano ,plenamente consciente, com certeza, do perigoso estopim que estaria acendendo, se   assim decidisse,  no sentido de um possível e incontrolável conflito bélico envolvendo as Grandes Potências Mundiais , uma contra, outras  a favor de Maduro. O Grupo de Lima  “borrou-se” de medo,resumindo. E com inteira razão.
Mas é  evidente que nenhum bloqueio econômico à Venezuela  dará  qualquer  resultado, mesmo  porque mais “quebrada” que  a Venezuela já  está ,certamente não poderá ficar.  E qualquer bloqueio econômico porventura decretado contra esse país  traria como única vítima o próprio povo venezuelano. As suas elites políticas, militares e econômicas nada sofreriam,uma vez que possuem o poder de escolher e selecionar  quem seriamosprejudicados  com essas medidas ,reservando para si próprios o “bom”, e repassando para o povo o “mau”. Mas  não há mais o que tirar do povo venezuelano.
Além das “garantias” que possu i para manter  o seu mandato, “roubado” em eleições fraudadas, Maduro conta com um “exército” de generais dentro do seu  próprio Exército ,que  alguns garantemque seria em torno de 2 mil generais, todos comprados com as suas “estrelas”, os quais estariam incluídos  entre os poucos privilegiados desse país, militarmente sustentando  Maduro, muitos dos quais participando  ativamente  dos  negócios ilícitos dentro do país, inclusive relacionados à cocaína e outras drogas.
Maduro também controla a Justiça venezuelano, através dos juízes que nomeou para os tribunais superiores.
Resumidamente, não há comose  ter alguma expectativa  de eventual  rebelião militar exitosa. Maduro tem absoluto  controle sobre  as suas Forças Armadas ,tanto quanto Kim-Jong-uno tem na Coreia do Norte, os   quais inclusive  têm muitas semelhanças.
Por seu turno o povo venezuelano não tem forças nem armas para se opor a  Maduro.  E as eleições, quando feitas, são fraudadas . A própria “fome” decretada por Maduro para controlar o seu povo se encarrega de inutilizar esse povo para qualquer reação.
Parece então que a única chance de derrubar Maduro do poder seria  algum “acidente”,ou iniciativa interna de algum “herói”, que o  “eliminasse” definitivamente do mundo  dos vivos.. A história está cheia de exemplosdesse  tipo de acontecimento , os quais  infelizmente não beneficiaram os respectivos povos,ao contrário do que poderia acontecer na Venezuela.Talvezexcepcionalmente valesse  a expressão tão  censurada que “os fins justificam os meios”.                            

                                                          Sérgio Alves de Oliveira/advogado e
sociólogo  

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