De acordo com a prefeitura, o pleito nas unidades de ensino foi cancelado após denúncias de irregularidades verificadas por uma comissão.
Juliana Almirante
Professores da rede municipal de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, marcaram um protesto contra a suspensão da eleição para diretores e vice-diretores em sete escolas da cidade. A manifestação está marcada para as 10h de quinta-feira (29),em frente à Secretaria Municipal de Educação.
De acordo com a prefeitura, o pleito nas unidades de ensino foi cancelado após denúncias de irregularidades verificadas por uma comissão. A eleição em 39 das 46 unidades escolares ocorreu na última sexta-feira (23) e o resultado deve ser publicado no Diário Oficial da cidade.
As irregularidades nas sete escolas não foram detalhadas, mas, conforme a gestão municipal, foram caracterizadas por “ofensas e ameaças de agressão, dentre outras condutas que colocariam em risco a manutenção da eleição em si, além de não serem condizentes com a essência da própria categoria profissional”.
O sindicato da categoria, Asprolf, contesta o cancelamento e afirma que não teve comprovação de que as irregularidades ocorreram. “O decreto que suspendeu (a eleição) nessas escolas não fala de irregularidades. Fala de aspectos negativos, o que é obscuro. Então as sete escolas estavam aptas, homologadas, publicadas em Diário para acontecer e, às vésperas das eleições, é baixado decreto com esse argumento de aspecto negativo e deixou incógnita no ar. Não existe nada factível que prove de que houve essa disputa. Então em um processo sério deveria ser apurado, de fato, para ver se é verídico ou não”, disse ao bahia.ba o presidente da Asprolf, Valdir Silva.
As escolas que tiveram o pleito cancelado foram a Governador Mário Covas, José dos Santos Paranhos, Edvaldo Boaventura, Dom Avelar Brandão Vilela, Dr. Paulo Malaquias de Mello, Quingoma de Fora e Catarina de Sena.
Confira a íntegra da nota da prefeita, Moema Gramacho:
“Implantamos as Eleições Diretas para Diretores e Vices em nossas escolas desde minha primeira gestão. Nunca tivemos problemas nas eleições. O ex-Prefeito acabou com o processo das eleições diretas na sua gestão. Eu prometi em campanha que retornaria e por um impedimento legal não pude fazê-la como antes, mas atendendo a um pleito e sugestão da Asprolf, mandei pra Câmara e foi aprovada uma Lei pra fazer uma “Consulta Pública” pra escolha da Direção e Vice nas escolas municipais.
Criamos as regras e uma Comissão pra acompanhar o processo eleitoral. Das 46 escolas, 07 delas tiveram seu processo avaliado pela Comissão que tomou a decisão de suspender as eleições por denúncias de irregularidades durante o período eleitoral, desde ofensas à ameaças de agressão, dentre outras condutas que colocariam em risco a manutenção da eleição em si, além de não serem condizentes com a essência da própria categoria profissional. Estamos tratando de eleições no âmbito da educação, daqueles que deveriam dar exemplo de civilidade, democracia e respeito na disputa de idéias pra melhoria da educação em nosso município e não transformar as eleições num conflito e ainda, como em alguns casos, incitando alunos e comunidades a brigarem entre si.
A suspensão das eleições nestas 07 escolas, proposta pela Comissão Eleitoral e homologada por mim, visa preservar a tranquilidade eleitoral e alertar aos educadores que, quando retornei o processo da Consulta Pública, mesmo sendo a indicação dos dirigentes uma prerrogativa da gestora, o fiz por liberalidade, por apostar no processo democrático e pela confiança que sempre depositei em nossos servidores e servidoras. Além de entender que é fruto da luta da Categoria e da Asprolf que merece ser conduzida à altura da grande conquista que representa”
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