quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Professores prometem protesto contra suspensão de eleição em sete escolas


De acordo com a prefeitura, o pleito nas unidades de ensino foi cancelado após denúncias de irregularidades verificadas por uma comissão.

Juliana Almirante
BAHIA.BA
Foto: Edgard Copque/ Prefeitura de Lauro de Freitas
Foto: Edgard Copque/ Prefeitura de Lauro de Freitas

Professores da rede municipal de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, marcaram um protesto contra a suspensão da eleição para diretores e vice-diretores em sete escolas da cidade. A manifestação está marcada para as 10h de quinta-feira (29),em frente à Secretaria Municipal de Educação.
De acordo com a prefeitura, o pleito nas unidades de ensino foi cancelado após denúncias de irregularidades verificadas por uma comissão. A eleição em 39 das 46 unidades escolares ocorreu na última sexta-feira (23) e o resultado deve ser publicado no Diário Oficial da cidade.
As irregularidades nas sete escolas não foram detalhadas, mas, conforme a gestão municipal, foram caracterizadas por “ofensas e ameaças de agressão, dentre outras condutas que colocariam em risco a manutenção da eleição em si, além de não serem condizentes com a essência da própria categoria profissional”.
O sindicato da categoria, Asprolf, contesta o cancelamento e afirma que não teve comprovação de que as irregularidades ocorreram. “O decreto que suspendeu (a eleição) nessas escolas não fala de irregularidades. Fala de aspectos negativos, o que é obscuro. Então as sete escolas estavam aptas, homologadas, publicadas em Diário para acontecer e, às vésperas das eleições, é baixado decreto com esse argumento de aspecto negativo e deixou incógnita no ar. Não existe nada factível que prove de que houve essa disputa. Então em um processo sério deveria ser apurado, de fato, para ver se é verídico ou não”, disse ao bahia.ba o presidente da Asprolf, Valdir Silva.
As escolas que tiveram o pleito cancelado foram a Governador Mário Covas, José dos Santos Paranhos, Edvaldo Boaventura, Dom Avelar Brandão Vilela, Dr. Paulo Malaquias de Mello, Quingoma de Fora e Catarina de Sena.
Confira a íntegra da nota da prefeita, Moema Gramacho:
“Implantamos as Eleições Diretas para Diretores e Vices em nossas escolas desde minha primeira gestão. Nunca tivemos problemas nas eleições. O ex-Prefeito acabou com o processo das eleições diretas na sua gestão.  Eu prometi em campanha que retornaria e por um impedimento legal não pude fazê-la como antes, mas atendendo a um pleito e sugestão da Asprolf, mandei pra Câmara e foi aprovada uma Lei pra fazer uma “Consulta Pública” pra escolha da Direção e Vice nas escolas municipais.
Criamos as regras e uma Comissão pra acompanhar o processo eleitoral. Das 46 escolas, 07 delas tiveram seu processo avaliado pela Comissão que tomou a decisão de suspender as eleições por denúncias de irregularidades durante o período eleitoral, desde ofensas à ameaças de agressão, dentre outras condutas que colocariam em risco a manutenção da eleição em si, além de não serem condizentes com a essência da própria categoria profissional. Estamos tratando de eleições no âmbito da educação, daqueles que deveriam dar exemplo de civilidade, democracia e respeito na disputa de idéias pra melhoria da educação em nosso município e não transformar as eleições num conflito e ainda, como em alguns casos, incitando alunos e comunidades a brigarem entre si.
A suspensão das eleições nestas 07 escolas, proposta pela Comissão Eleitoral e homologada por mim, visa preservar a tranquilidade eleitoral e alertar aos educadores que, quando retornei o processo da Consulta Pública, mesmo sendo a indicação dos dirigentes uma prerrogativa da gestora, o fiz por liberalidade, por apostar no processo democrático e pela confiança que sempre depositei em nossos servidores e servidoras. Além de entender que é fruto da luta da Categoria e da Asprolf que merece ser conduzida à altura da grande conquista que representa”

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