sexta-feira, 30 de novembro de 2018
Crise no mercado recomenda que devemos dar livros de presente neste Natal
Antonio Rocha
As duas grandes livrarias que existiam no Centro do Rio de Janeiro estão fechadas. Livraria Cultura, na Rua Senador Dantas, tinha até escada rolante interna, e Livraria Mega Saraiva na Rua do Ouvidor, também tinha escada rolante. A Livraria Saraiva da Rua Sete de Setembro fechou. Outras livrarias antigas e tradicionais aos poucos vão ficando isoladas e acabam encerrado as atividades. Sebos, que antigamente existiam muitos, agora são poucos. Um dono de um sebo próximo à Praça Tiradentes me disse que a internet “matou” grande parte dos livros impressos. Hoje tudo está na web.
Autores nacionais iniciantes precisam pagar pelos livros que publicam. Uma amiga minha, professora aposentada editou mais uma obra literária de sua lavra, apenas um único volume. Sim, isso mesmo, gráficas modernas especializam-se em publicar desde um único tomo até quantos exemplares o dinheiro do freguês bancar o produto.
COMO VENDER? – Tendo poucas livrarias como é que as editoras vão escoar as suas novidades? Existem o que hoje podemos chamar de editoras comerciais, aquelas que cobram de seus autores para publicar um livro, até as cada vez mais raras, editoras profissionais, que tem toda uma estrutura de assessoria de imprensa e divulgação.
As populares feiras do livro continuam ambulantes pelas praças. Vendem mais ou menos através de promoções e saldões, tipo três volumes por R$ 10,00.
O comércio de livros pela web vai bem obrigado, tem a poderosa e internacional Amazon e cada grande editora tem o seu “carrinho de ofertas” que manda entregar em casa. Mas aquela satisfação que eu tinha de chegar na livraria, folhear o livro, ler as orelhas, pesquisar a última capa, comparar bibliografias, com as vendas virtuais isto se tornam dificílimo, quiçá impossível.
RELIGIÃO VENDE – Na contramão desse artigo que estou escrevendo, as livrarias e editoras confessionais/religiosas permanecem, pois o público é cativo, as vendas são dirigidas e praticamente o encalhe é zero.
Na Rua Gonçalves Dias tem a católica franciscana Vozes, uma centenária editora cuja sede fica em Petrópolis, atua tanto no campo religioso quanto em obras para as universidades.
Na Rua Primeira de Março tem uma grande livraria evangélica, que atende o filão dos livros pentecostais, neopentecostais e afins. Na Rua do Ouvidor, em uma sobreloja, tem uma livraria batista para o segmento dos protestantes históricos, tem também perto, uma Livraria Presbiteriana que atende só o seu pessoal que é bastante numeroso. Na Rua Sete de Setembro tem uma Livraria Católica Paulinas e na Rua México, a também Paulinas Paulus.
Acrescente-se que em cada igreja, em cada centro espírita sempre há uma minilivraria, um balcão de oportunidades literárias. Na Avenida Passos tem a Livraria da Federação Espírita Brasileira, que diga-se de passagem, tem muita coisa boa e a apresentação gráfica e visual é cada vez melhor e atraente.
NOS BAIRROS – Na Tijuca tem duas livrarias tradicionais e uma grande livraria ligada aos Adventistas do Sétimo Dia que tem uma impressionante produção editorial com livros, livretos, folhetos e revistas. Depois dos católicos, é a maior rede educacional do país, os adventistas: escolas, colégios, faculdades, creches, jardins de infância, hospitais, clínicas de saúde.
No Largo do Machado tem uma pequena Livraria Espírita em homenagem à Joana de Angelis, que foi uma freira mexicana e que durante décadas o seu espírito escreveu, via mediunidade de Divaldo Pereira Franco. E ainda no Largo do Machado tem mais duas livrarias comuns e próximo um sebo.
Nos shoppings alguns tem livrarias, outros não. E ficamos assim sugerindo aos leitores que neste Natal presenteiem com livros, qualquer um, de sua predileção.
Bom Natal. Feliz Ano Novo. Ótimas leituras.
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