Um lugar onde um homem veste uma máscara de atleta de luta
livre e se acomoda com um prato de comida em meio a dois bandos rivais,
hipnotizado pelo que é transmitido em uma tela. Se nem mesmo o cinema
consegue convencer o público a largar o celular por duas horas, o
futebol segue mostrando que ainda consegue fazê-lo, como ocorreu hoje
(2), em Brasília, na Embaixada do México, país que perdeu, por 2 a 0,
para o Brasil. Cerca de 60 pessoas compareceram ao local, em número
bastante equilibrado entre as torcidas. Ainda que não seja a primeira
reunião organizada no local, a sensação de fraternidade tem perdurado
com a mesma intensidade vivida nas edições anteriores da Copa do Mundo.
“O sentimento é de permanente amizade”, declarou, sorridente, o
embaixador mexicano, Salvador Arriola, vestindo uma democrática camiseta
verde, tom presente nas bandeiras de ambos os países. Revelando que irá
sempre torcer pelos irmãos latino-americanos, ele pontuou que Brasil e
México mantêm sua irmandade também pela similaridade de mazelas que
afligem os dois governos, incluindo, em breve, o de López Obrador,
candidato de esquerda que venceu as eleições presidenciais mexicanas
neste domingo (1º). “Nós temos os mesmos problemas, que vêm da
desigualdade”, resumiu Arriola.
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