Por Redação BNews | Fotos: Folhapress
Embora
tenha assumido o compromisso, há um ano, de que o rombo das contas do
governo não ultrapassaria os R$ 139 bilhões em 2017, o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, já admite mudanças.
Segundo o Estadão, a revisão da meta fiscal de 2017 terá como limite o
rombo das contas do governo no ano passado, que alcançou R$ 159,5
bilhões ou 2,54% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa uma
liberdade para aumentar o déficit projetado para este ano em até R$ 20
bilhões.
A reportagem detalha que Meirelles avisou à equipe que tomará a decisão
final até 31 de agosto, quando será enviado ao Congresso o projeto de
Orçamento do ano que vem. A meta fiscal de 2018, que permite um déficit
de até R$ 129 bilhões, também deverá ser revista.
Na segunda-feira (31), o ministro Meirelles admitiu que estuda rever o
compromisso feito há um ano de que os gastos públicos neste ano não
superariam a arrecadação com impostos, sem contar os juros da dívida
pública, em até R$ 139 bilhões. “Em relação à questão fiscal, estamos
analisando o assunto. No momento, a meta anunciada será seguida”,
afirmou.
A reportagem apurou com um integrante da equipe econômica que é “forte”
a possibilidade de revisão da meta, mas o novo referencial não poderá
ultrapassar de jeito nenhum o rombo verificado em 2016 (R$ 159,5
bilhões). O mesmo raciocínio vale para a revisão da meta de 2018: o
déficit não poderá ser maior do que o previsto para este ano.
Ainda de acordo com o jornal, a avaliação da Fazenda é que é inviável
manter o corte do Orçamento nos níveis atuais (R$ 45 bilhões) por conta
do risco de paralisação da máquina administrativa, afetando serviços
públicos. Com um corte menor, de R$ 39 bilhões, já houve reclamação das
polícias Federal e Rodoviária Federal, que alegaram que a restrição
orçamentária prejudicou a confecção de passaportes e as patrulhas nas
rodovias.
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