Por Redação BNews | Fotos: Reprodução
A operação havia sido deflagrada em 23 de maio, a pedido da PF e do Ministério Público Federal, e prendeu temporariamente Arruda, Filippelli e o ex-governador petista Agnelo Queiroz. De acordo com reportagem a revista Época, os policiais apuram se os objetos de arte podem ser indícios da lavagem de dinheiro.
O relatório policial da busca e apreensão, obtido por ÉPOCA, afirma que Filippelli "mantém padrão de vida elevado, ostentando vestuário, bebidas finas, artigos de luxo, móveis e veículos". A PF encontrou ao menos 69 quadros na residência dele, que foram fotografados para a avaliação do valor deles. Dentre as obras estão um quadro de Niemeyer que contém uma de suas célebres frases, "fodido não tem vez" e quadros dos pintores Volpi e Poteiro. Esses objetos não chegaram a ser apreendidos pela PF.
A diligência encontrou também notas de compra em leilões de obras de arte e uma adega repleta de vinhos.
Na busca contra Filippelli, foram apreendidos dois celulares e um notebook, cujo conteúdo ainda está sob análise dos investigadores.
Já na residência do ex-governador José Roberto Arruda, chamou atenção da PF a quantidade e o valor dos vinhos. "Destaque para as garrafas do vinho Mouton-Rothschild, orçadas de R$ 7 mil a R$ 10 mil cada (...). Crê-se, por suposição deste signatário, que os vinhos existentes na adega devem alcançar o valor estimado de R$ 80 mil a R$ 100 mil", diz o relatório. As fotos também mostram champagnes Dom Pérignon, cujos valores de mercado são superiores a R$ 1.000.
O advogado de Filippelli, Alexandre Queiroz, ressaltou que o relatório da PF afirma que "não foram encontrados elementos convergentes" com a hipótese da investigação, que é o recebimento de propina do estádio. Queiroz afirmou que o relatório é contraditório ao apontar elevado padrão de vida e afirmar que "não foi possível ainda identificar o valor dos objetos" e disse ainda que os bens estão declarados no imposto de renda do peemedebista e foram adquiridos "em mais de 50 anos de trabalho".
Em nota, o advogado de Arruda, Paulo Emílio Catta Preta, afirmou que os quadros são "telas e litogravuras de pequeno valor econômico, mas de valor afetivo, inclusive as fetias por alunos da rede pública de ensino ou desenhos assinados por amigos pessoais". Disse também que a adega tem "aproximadamente 160 garrafas, a grande maioria de valor unitário inferior a cem reais e nenhuma de valor superior a mil reais, muitos recebidos de presente há muitos anos", e, sobre as joias, que "as peças fotografadas são bijuterias e não foram recolhidas por serem de pequeno valor".
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