MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 27 de maio de 2017

Esculturas de Mário Cravo estão abandonadas


Quem chega à entrada do espaço verde, próximo a Avenida Octávio Mangabeira, dá de cara com esculturas do Espaço Mário Cravo

por
Matheus Fortes
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Romildo de Jesus
Distante da região mais turística da cidade, a região onde está a principal entrada do Parque Metropolitano de Pituaçu é um cenário invejável, onde a natureza e arte podem ser contempladas por várias horas nos dias de sol, já que o vento do litoral deixa o local ainda mais agradável. Mas, nem todos esses componentes podem ser aproveitados: esculturas deterioradas dão o aspecto de abandono que nada tem a ver com o parque.
Quem chega à entrada do espaço verde, próximo a Avenida Octávio Mangabeira, dá de cara com esculturas do Espaço Mário Cravo, que chamam o usuário para dentro das dependências do parque. No entanto, basta observar de perto para notar o verdadeiro estado das obras de arte. Expostas ao salitre, as obras de Cravo, já mostram um desgaste acentuado, com muita corrosão em sua estrutura.
Algumas obras já estão tão desgastadas que, sob o risco de cair, foram isoladas com faixas de segurança.
No ano passado, as secretarias de Cultura (Secult) e do Meio Ambiente (Sema), definiram que as mais de 800 obras de Cravo permaneceriam no espaço dedicado ao artista, no Parque de Pituaçu. O espaço onde fica a maioria das obras também deveria passar por reformas, mas, até agora ela não aparenta ter chegado ao local.
Inaugurado em 1994, o espaço hoje é apenas uma lembrança de bons passeios que o parque já proporcionou, principalmente a quem reside próximo. A empresária Sueli Garcia, que sempre morou em Pituaçu, afirma que nunca deixou de freqüentar o parque, gostando do lugar para fazer suas caminhadas matinais, mas admite que a sensação já não é mais a mesma.
Segundo ela, o aspecto de abandono contribuiu para afastar muitas famílias do local. “Havia dias que a gente tinha dificuldade de andar por aqui, tamanha era a quantidade de gente indo de um lado para o outro. Hoje só olho para essas esculturas com pena, pois com certeza é fruto de um trabalho muito delicado, por parte de Mário Cravo”, explica a moradora.
O Espaço Mário Cravo tem 53 mil m² e foi cedido pelo Governo do Estado para a implantação de um centro de cultura e arte, ao ar livre, para exposição da obra do artista plástico, que é hoje o último modernista baiano vivo. São esculturas contemporâneas, móbiles, sonoras e estáticas, em diversos materiais, técnicas, tamanhos e cores, que, estando em exposição permanente, é o único do gênero no país.
A Tribuna da Bahia entrou em contato com o Governo do Estado buscando as secretarias de Comunicação (Secom), e de Cultura (Secult), mas, até o fechamento desta edição, nenhum posicionamento havia sido dado.

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