Por Redação BNews | Fotos: Reprodução / Facebook
A defesa do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) procurou
investigadores da Lava Jato para saber quais seriam as chances de uma
delação premiada ser aceita. A abordagem surpreendeu os investigadores,
que responderam que, àquela altura, dependeria da disposição do
parlamentar denunciar os demais cúmplices.
Uma eventual delação de Rocha Loures é bem vista na Lava Jato, mas
considerada imprevisível para os desdobramentos dos inquéritos no
Supremo Tribunal Federal (STF). Os procuradores disseram que, se ele
realmente estiver interessado em fazer delação, deverá entregar todos os
cúmplices da organização criminosa acusada de receber suborno dos donos
da JBS e tentar obstruir as investigações. Segundo eles, não basta
falar sobre os próprios crimes: "Assumir que cometeu crimes não basta.
Isso é confissão, não é delação. Se ele quiser acordo de colaboração
terá que delatar toda a organização criminosa".
Loures é revelado no áudio gravado por Joesley Batista como um dos
homens de confiança de Michel Temer, com quem o empresário poderia
"falar tudo". O caso dele é considerado tão grave que o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, chegou a pedir a prisão do deputado. O
ministro do STF, Edson Fachin, suspendeu o parlamentar de suas
atividades, mas entendeu que a prisão deveria ser decidida pelo plenário
do Supremo.
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