MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 27 de maio de 2017

Lúcio ironiza críticos de Temer: "Paladinos da moralidade"


Em Brasília, temos muitos paladinos da moralidade

por
Guilherme Reis
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) ironizou ontem os críticos do presidente Michel Temer (PMDB), que recebeu o dono da JBS, Joesley Batista, no Palácio do Jaburu em abril. “Houve a gravação [de Joesley Batista, da JBS] e está no Supremo com inquérito. Aqui no Brasil tem essa coisa de que está com inquérito, já está condenado e não é nada disso. Em Brasília, temos muitos paladinos da moralidade.
Temos que aguardar a parte jurídica”, disse em entrevista à rádio Metrópole. “Eu lamento porque o Brasil estava voltando a crescer. Nós tínhamos sinal positivo da economia. Ontem as contas do governo deram sinal positivo. Acabou aquela farra de gastação que havia no governo. O momento agora é para voltar a trabalhar”, prosseguiu.
Lúcio disse ainda que não vê nada de errado no fato de o presidente ter recebido o empresário. “Se for por questão de receber investigado, o presidente não vai poder receber nenhum dos seus ministros, nem o presidente da Câmara e nem do Senado, porque eles são investigados. Deve ter mais de 10 ministros que são investigados. A questão não é de ser investigado ou não. Ele é um grande empresário que gera mais de 200 mil empregos. Se falassem em tirar fotos com o empresário antes de acontecer, todo mundo ia querer”, pontuou, acrescentando que o governo espera a perícia para saber se houve edição nas gravações. “Eu não vejo a maior gravidade em receber o empresário. O grave é o conteúdo se confirmar que houve beneficiamento do empresário”, acredita.
A divulgação do áudio e a delação de Joesley pode levar à queda do presidente, que já sofre um processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi alvo de 16 pedidos de impeachment na Câmara desde a última semana. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu a convocação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, do Grupo JBS, e do procurador-geral da República Rodrigo Janot como testemunhas na ação pelo impeachment do presidente Michel Temer (PMDB).
A entidade máxima da Advocacia denunciou o peemedebista por crime de responsabilidade, em violação ao artigo 85 da Constituição. Além de Joesley, Wesley e Janot, a Ordem incluiu no rol de testemunhas outros dois executivos da J&F, que controla a JBS, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva. No último sábado (20), o Plenário do Conselho Federal da OAB deliberou por 25 votos a 1 o pedido de instauração do processo de impeachment de Temer.

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