Correio Braziliense
Em março, as contas do governo central, que reúne o Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, ficaram no vermelho em R$ 11 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (27/04). É o pior resultado para o mês desde 1997, início da série histórica. A receita líquida somou R$ 87,5 bilhões no mês passado, registrando queda real de 1,4% em relação a março de 2016, conforme os dados do Tesouro. Na contramão, as despesas totais cresceram 1,6% na mesma base de comparação, em termos reais, somando R$ 98,5 bilhões.
No acumulado do primeiro trimestre do ano, o governo também não conseguiu gastar menos do que arrecadou, apesar de registrar queda de 4,9% nas despesas, que somaram R$ 293,8 bilhões. Os investimentos ficaram entre os gastos que mais encolheram no trimestre. Somaram R$ 5,8 bilhões, volume 61,3% menor que o registrado no mesmo período de 2016.
A receita líquida despencou 5% na mesma base comparativa, para R$ 275,5 bilhões. Uma das maiores quedas foi na arrecadação de concessões, que encolheram 95%, para R$ 560,2 milhões Com isso, o rombo de janeiro a março também foi recorde. Somou R$ 18,3 bilhões, o maior para o período em 20 anos.
ROMBO DA PREVIDÊNCIA – A Previdência Social continua consumindo a economia que o Tesouro vem conseguindo fazer no ano. Em março teve um rombo de R$13,1 bilhões, enquanto o Tesouro registrou superavit de R$ 2 bilhões. E, no trimestre, o saldo positivo de R$ 21,7 bilhões do Tesouro foi consumido pelo rombo previdenciário de R$ 40 bilhões. O BC registrou superavit de R$ 35 milhões em março e acumula saldo negativo de R$ 28 milhões no trimestre.
A meta fiscal do governo central prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano é de R$ 139 bilhões. No acumulado em 12 meses, o deficit foi de R$ 156,5 bilhões, o equivalente a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme os dados do Tesouro Nacional.
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