MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 29 de janeiro de 2017

Teste: VW Gol track carrega na maquiagem e no preço


COR DE ABÓBORA – Pintura e decoração chamam atenção, mas seu comportamento é mesmo de qualquer outro Gol 1.0
COR DE ABÓBORA – Pintura e decoração chamam atenção, mas seu comportamento é mesmo de qualquer outro Gol 1.0
Versões esportivas e aventureiras são soluções para expandir os perfis de consumidores de determinados automóveis. Afinal, há quem enxergue num popular seu potencial de alto desempenho ou a capacidade de ir além de onde o asfalto leva. O Gol Track está em consonância com esta estratégia de vendas.
O veterano Volkswagen, que foi líder de vendas por 27 anos seguidos, não tem tido vida fácil atualmente. No ano passado ele emplacou apenas 57 mil unidades e foi nono no ranking dos mais vendidos, segundo o boletim da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Pode até não parecer tão ruim diante do caótico cenário do marcado de automóveis novos, passa longe de seus dias de glória como o recorde de 293 mil unidades licenciadas em 2012. Nenhum outro carro vendido no Brasil fez um volume tão expressivo.
Mas o que o Gol Track tem para cativar o consumidor que não consegue mais se encantar pelo popular da VW? Bom, o sobrenome não é novidade na linha do hatch. Historicamente, trata-se de uma versão abaixo do Rallye. Mas como o aventureiro mais refinado foi retirado de produção, resta ao Track satisfazer quem busca um visual menos trivial.
Visualmente, o Gol Track se destaca pela adoção do conjunto frontal da Saveiro. Ele utiliza os faróis mais largos, assim como a grade e o para-choque da picape. Outro item que o diferencia são as molduras das caixas de roda e a saia lateral.
Por dentro, segue o mesmo layout das demais versões. No entanto, é necessário destacar que entre os populares concorrentes, o Gol oferece uma montagem mais precisa dos componentes internos e bom isolamento acústico.
Quanto vale o show?
Mas o problema da versão está na etiqueta do preço. O carrinho parte de R$ 46.194, um sobrepreço de R$ 5.734 sobre o Gol Trendline 1.0, com os mesmos equipamentos (ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros elétricos e rádio com MP3 e Bluetooth). É um preço muito alto para uma decoração aventureira e o acréscimo de faróis de neblina.
Para acrescer todos os conteúdos, como na versão testada, que expande para computador de bordo completo, rodas de liga leve, rádio com navegador GPS, sensor de ré com mostrador gráfico, Android Auto e Apple Car Play, o valor na nota fiscal salta para R$ 54.090.
Ou seja, o Gol Track é um carro caro. Mas, por incrível que pareça, é o Aventureiro, é o segundo mais barato do mercado, por ser 1.0. Mas se a necessidade do amigo for apenas se diferenciar no meio da multidão...
Raio-X Volkswagen Gol Track 1.0
O que é?
Hatch pequeno, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?
Fabricado na unidade de São Bernardo do Campo (SP).

Quanto custa?
Básico: R$ 46.194 mil
Testado: R$ 54.090 mil

Com quem concorre?
Considerando a motorização, o Gol Track só concorre com a versão de entrada do Fiat Uno Way, que tem preço inicial sugerido de R$ 43.830.

No dia a dia
Assim como qualquer versão do Gol, o Track é um carrinho feito para a cidade. Compacto, seus menos de 3,9 metros de comprimento facilitam sua desenvoltura no trânsito e qualquer cantinho serve de vaga. Seu pacote aventureiro tem apenas função estética e não agrega nenhum tipo de benefício às versões Trendline e Comfortline 1.0.

No entanto, o Golzinho é um carrinho gostoso de guiar. A transmissão com engates curtos fazem dele um carro preciso. Por outro lado, é nítida a falta da direção elétrica (que já é oferecida no Up), não apenas pelo maior conforto, mas aumentar a eficiência do motor, que não perderia força funcionando a bomba da direção.

Motor e transmissão
Equipado com motor três cilindros 1.0 12v de 82 cv, o carrinho não convence pelo desempenho. Ele até que resolve bem na cidade e se mostra muito mais esperto de quando utilizava o finado bloco “Mil” quatro cilindros. Por outro lado, é fraco em baixas rotações, o que é um complicador em cidades com muitas ladeiras, como Belo Horizonte e cercanias.

Como bebe?
Abastecido com álcool, a unidade testada registrou média de 11,1 km/l na cidade.

Suspensão e freios
Como todo carro alemão, não espere maciez. O Gol Track tem acerto firme e responde com dureza qualquer buraco ou irregularidade. Já os freios com discos sólidos à frente e tambor cumprem com a função, mas sem nenhum destaque.

Pontos positivos
Consumo
 Montagem

Pontos negativos
Espaço interno
Preço

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