Joaquim José de
Oliveira nunca saiu da Região Metropolitana de Belo Horizonte nos
últimos 53 anos, quando deixou Barra do Ariranha, pequeno distrito da
cidade de Mantena, no Leste mineiro, para morar na capital. No entanto,
diariamente, o homem carrega consigo Ásia, África, Europa, Oceania,
Antártida e América. Ele vende mapa-múndi nas ruas belorizontinas desde
1980 e, depois que veio para a cidade grande, sequer pensou em viajar de
volta para a terra natal.
O trajeto mais longo que faz é de casa, em Contagem, ao Centro, com os mapas a tiracolo. Há uma década, Joaquim e o globo terrestre visitam juntos algumas movimentadas avenidas na região Centro-Sul.
A área central da metrópole é velha conhecida do mineiro, que comercializa os mapas nos dias da semana, das 11h30 às 18h15. “Vendo aqui na calçada mesmo, no sinal, na rua. Onde der para falar com quem está interessado em comprar eu vou. Se precisar, entrego até em casa ou em escritórios”, conta.
Joaquim optou pelas cartografias porque há uma menor concorrência nas ruas. Mas, desde que chegou à capital, balas, água, chocolates e até objetos de costura, como linhas, agulhas e botões já passaram pelas mãos do vendedor e por tantas outras, que compraram seus produtos.
O movimento e a saída dos materiais variam. Joaquim já chegou a ficar uma semana inteira sem vender um único mapa. Mas, em períodos bons, ele diz que consegue negociar de três a quatro produtos ao dia. Cada um custa, no máximo, R$ 20. “Mais do que isso não vende”, diz.
Incertezas
O maior medo do vendedor é ficar congelado no tempo. Mas ele não vê aparelhos de GPS e aplicativos de mapas digitais como concorrentes.
“A tecnologia ajuda a se localizar. Meus mapas são comprados por empresas, escolas e pessoas que querem pendurar as peças e usar para outros fins”, conta. Para isso, Joaquim se preocupa em ter mapas atualizados. Todos que carrega já são de 2017.
Mesmo sem renda alta e “passando alguns apertos”, como define, Joaquim não pensa em mudar de profissão ou parar de trabalhar.
A grande ambição do vendedor é que a atividade seja regulamentada e que ele possa exercer a profissão com a tranquilidade que sonhou. “Sou um homem de poucas ilusões e nunca tive a oportunidade de trabalhar na rua legalmente. É uma pena, seria muito bom se os fiscais dessem licença para a gente”, afirma.
O trajeto mais longo que faz é de casa, em Contagem, ao Centro, com os mapas a tiracolo. Há uma década, Joaquim e o globo terrestre visitam juntos algumas movimentadas avenidas na região Centro-Sul.
A área central da metrópole é velha conhecida do mineiro, que comercializa os mapas nos dias da semana, das 11h30 às 18h15. “Vendo aqui na calçada mesmo, no sinal, na rua. Onde der para falar com quem está interessado em comprar eu vou. Se precisar, entrego até em casa ou em escritórios”, conta.
Joaquim optou pelas cartografias porque há uma menor concorrência nas ruas. Mas, desde que chegou à capital, balas, água, chocolates e até objetos de costura, como linhas, agulhas e botões já passaram pelas mãos do vendedor e por tantas outras, que compraram seus produtos.
O movimento e a saída dos materiais variam. Joaquim já chegou a ficar uma semana inteira sem vender um único mapa. Mas, em períodos bons, ele diz que consegue negociar de três a quatro produtos ao dia. Cada um custa, no máximo, R$ 20. “Mais do que isso não vende”, diz.
Incertezas
O maior medo do vendedor é ficar congelado no tempo. Mas ele não vê aparelhos de GPS e aplicativos de mapas digitais como concorrentes.
“A tecnologia ajuda a se localizar. Meus mapas são comprados por empresas, escolas e pessoas que querem pendurar as peças e usar para outros fins”, conta. Para isso, Joaquim se preocupa em ter mapas atualizados. Todos que carrega já são de 2017.
“Tenho mapas de BH, Minas, Brasil e do mundo. Nunca fui a lugar nenhum, gosto da capital. Sou caseiro, acho que viajar por esses lugares que carrego seria uma grande ilusão”A atividade e o dinheiro da aposentadoria de um salário mínimo sustentam toda a família: esposa, filha, dois netos e um bisneto.
Mesmo sem renda alta e “passando alguns apertos”, como define, Joaquim não pensa em mudar de profissão ou parar de trabalhar.
A grande ambição do vendedor é que a atividade seja regulamentada e que ele possa exercer a profissão com a tranquilidade que sonhou. “Sou um homem de poucas ilusões e nunca tive a oportunidade de trabalhar na rua legalmente. É uma pena, seria muito bom se os fiscais dessem licença para a gente”, afirma.
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