Por Folhapress
Em seu último dia no Palácio da Alvorada, a ex-presidente Dilma
Rousseff mudou a rotina. Não saiu para pedalar por cerca de 50 minutos,
como costumava fazer quase todas as manhãs, para ter tempo de encaixotar
seus livros e objetos pessoais. Desde a semana passada, Dilma tem se
dedicado a embalar e catalogar seus pertences, e solicitou ao governo do
presidente Michel Temer quatro caminhões-baú para transportar sua
mudança de Brasília a Porto Alegre.
Segundo integrantes do Planalto, a contratação de cada veículo, com
capacidade de cerca de 20 toneladas, custou R$ 15 mil. Caso Dilma
precise de mais caminhões, dizem auxiliares de Temer, o governo vai
arcar com o restante das despesas. Parte dos objetos e eletrodomésticos
ficarão no apartamento de dois quartos em que Dilma vai morar na capital
gaúcha, enquanto o restante será levado para um depósito que a petista
alugou na cidade.
A ex-presidente ainda concedeu nesta terça-feira (6) uma última
entrevista na residência oficial da Presidência da República para um
jornal europeu. A previsão é que ela embarque a Porto Alegre por volta
das 14h em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Na capital gaúcha, Dilma será recebida por militantes do PT, mas não
deve participar de nenhum ato. "Ela quer descansar", diz um aliado da
ex-presidente.
Em Porto Alegre, vivem o ex-marido de Dilma Carlos Araújo, a filha do
casal, Paula, e os netos da petista, Gabriel e Guilherme.
A ex-presidente disse a amigos que pode passar algumas temporadas no
Rio de Janeiro, onde sua mãe, Dilma Jane, de 93 anos, tem um apartamento
em Ipanema.
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