Cercados de muita expectativa, começam nesta quarta-feira (7) os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Como havia acontecido na Olimpíada, a cerimônia de abertura acontece no Maracanã, às 18h15.
Nos 11 dias de competições, 4.300 atletas de 161 países entrarão em ação nas 23 modalidades em disputa. A principal ausência será a Rússia, excluída devido aos recentes escândalo de doping. Em contrapartida, pela primeira vez na história, os Jogos vão contar com uma delegação formada por refugiados.
A Paralimpíada do Rio será histórica para o Brasil. Com 285 atletas de 22 modalidades, a delegação verde e amarela é a maior na história do evento, superando os 182 esportistas que haviam competido em 18 categorias nos Jogos de Londres (2012).
Além do recorde de participantes, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) tem uma meta ambiciosa para o quadro de medalhas. A expectativa dos dirigentes é de superar o 7º lugar alcançado há quatro anos e figurar entre os cinco primeiros na classificação geral.
Na capital inglesa, os atletas brasileiros conquistaram 43 medalhas (21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze). Para superar a marca, o CPM aumentou em 123% os investimentos no esporte paralímpico em relação ao ciclo anterior.
Os mandatários brasileiros acreditam, inclusive, que o país conquistará medalhas em todos os dias de competição.
Arte Paralimpíada Jogos Paralímpicos Rio 2016

Emoção especial
Maior nome da natação paralímpica do Brasil, Daniel Dias é uma das principais esperanças de pódios para o país. Com 15 medalhas (dez de ouro, quatro de prata e uma de bronze) na história dos Jogos, o atleta destaca a oportunidade de disputar a principal competição do mundo em casa.
“Já são duas Paralimpíadas, mas acredito que aqui vai ser diferente de todas. Por ser em casa, ter a minha família, ter o calor do povo brasileiro, isso é algo bacana que o esporte paralímpico vai vivenciar pela primeira vez”, destaca.
Quem também aparece como favorita a brilhar no Rio é a velocista Verônica Hipólito, Aos 19 anos, a atual campeã mundial dos 100 m,200 m e 400 m rasos comentou sobre a reta final de preparação e a expectativa para o início das competições.
“O treino foi bom, agora são só os ajustes finais. Eu estou muito animada para competir no Rio. Na quinta-feira já começo, sou uma das primeiras atletas a competir", disse a atleta, mostrando ansiedade.
Outra atração é a mineira Terezinha Guilhermina, que luta pelo bicampeonato paralímpico nos 100 m rasos, categoria T11 (deficiência visual total) já nesta sexta-feira (9).
Uma atração à parte é o piloto italiano Alessandro Zanardi, que perdeu parte das duas pernas em um acidente na Fórmula Indy em 2001 e passou a se dedicar ao ciclismo paralímpico, conquistando dois ouros em Londres. Agora, aos 49 anos, luta pelo bicampeonato na modalidade.
*Colaborou Lucas Borges / com agências