MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Parte da bancada do PMDB assina manifesto contra cargos em ministério


Deputados apontam ‘toma-lá-dá-cá’ em negociações do partido com Dilma.
Documento é assinado por 22 dos 66 deputados que integram bancada.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
Parte da bancada do PMDB, comandada pelo deputado Lúcio Vieira Lima (BA), assina manifesto contra cargos em ministério (Foto: Nathalia Passarinho/G1)Parte da bancada do PMDB, comandada pelo deputado Lúcio Vieira Lima (BA), assina manifesto contra cargos em ministério (Foto: Nathalia Passarinho/G1)
Um grupo de 22 deputados do PMDB anunciou nesta quinta-feira (1º) um manifesto contra o que chamam de “toma-lá-dá-cá” na reforma ministerial comandada pela presidente Dilma Rousseff. Os parlamentares, que representam um terço da bancada na Câmara, dizem ser contrários à decisão do partido de assumir ministérios. Atualmente a bancada do partido na Casa conta com 66 deputados.
"Estamos manifestando insatisfação com esse processo da reforma ministerial. Não é possível que ainda tenha espaço para esse fisiologismo escancarado, esse 'toma-lá-dá-cá'. Estamos vendo nessa reforma uma tentativa da presidente de diminuir as pressões ao seu mandato", disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), líder do movimento.
 
Para atender à demanda do vice-presidente Michel Temer e da liderança do PMDB na Câmara, Dilma pretende ampliar o espaço do partido no governo, entregando sete ministérios na reforma administrativa – atualmente a legenda comanda seis pastas. O documento divulgado pelos 22 deputados acusa o governo de fazer um "leilão" de cargos em busca de apoio no Congresso Nacional.
"O governo, sem apontar um caminho claro, rende-se a um jogo político pautado pela pressão por cargos, num leilão sem qualquer respaldo em projetos ou propostas, sem conseguir apontar um horizonte de esperança para o povo brasileiro", diz o manifesto.
Os parlamentares afirmam ainda que não possuem qualquer compromisso com o governo em relação às votações em plenário.
"Nosso posicionamento em plenário não dependerá desse tipo de barganha por cargos. Temos um só compromisso, que é com a nossa consciência, com o Brasil, respeitando a vontade da população, expressa mais de uma vez nas pesquisas e nas ruas do nosso país", afirma o documento.
Divergências
A decisão de Dilma de oferecer sete ministérios ao PMDB ocorreu após divergências nas indicações do vice-presidente Michel Temer e da bancada do partido na Câmara. Temer queria emplacar a manutenção de Eliseu Padilha, atual ministro da Aviação Civil, enquanto deputados peemedebistas exigem a nomeação de outros dois nomes indicados pela bancada.
Além disso, Dilma prometeu nomear dois indicados do Senado e manter Henrique Eduardo Alves – atual ministro do Turismo –, e Helder Barbalho (Secretaria da Pesca), filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), na equipe ministerial, o que totalizaria sete ministérios e não seis, como inicialmente pretendia dar ao PMDB.
Conforme o G1 apurou, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), aconselharam a presidente a não se ater à promessa anunciada anteriormente de cortar 10 ministérios. Eles disseram que seria melhor cortar, por exemplo, nove ministérios e atender às demandas do PMDB.
A expectativa é de que Dilma escolha dois nomes da bancada do PMDB na Câmara para o Ministério da Saúde e a Secretaria de Portos, que continuará com status de ministério.
Ficarão nos cargos, como indicação da bancada do partido no Senado, a ministra Kátia Abreu (Agricultura), e Eduardo Braga (Minas e Energia). Helder Barbalho, Eliseu Padilha e Henrique Eduardo Alves completarão a cota do PMDB no governo.

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